Revolução 24 — Revolução

Uma trilha relativamente fechada na zona rural da cidade conduzia três mulheres até a uma cachoeira. Pedras junto à beira serviram para deixar mochilas e equipamentos antes da água calma e cristalina criar uma larga piscina, onde grande pedras perturbam o nível da água no centro. Mais acima, pedras ainda maiores formam degraus colossais, por onde a água cai. Era uma paisagem de beleza impressionante. Ajudou a confortar um pouco o coração triste de quem faz seu último ensaio.
A fofoca partida do vigia da obra onde Vanessa realizara uma de suas fantasias com Wanderley e Antônio foi a gota d’água. Sempre que parecia se acostumar com sua realidade, uma nova leva de fofocas surgia, pondo seu nome na língua do povo e tirando sua paz. Assédios sexuais, xingamentos na rua, ameaças voltavam a ser comuns. Parecia sentir-se constantemente vigiada e a cada movimento em desacordo com o pensamento conservador da cidade, está se voltava contra ela. Após tantos momentos desagradáveis, passou a se perguntar se ela realmente estava fazendo algo de errado.
Eles venceram. Vanessa desistiria de suas fotos eróticas, por mais que gostasse delas.
Era uma decisão dolorosa, pois Vanessa realmente gostava do exibicionismo. Fazer as fotos e vídeos a incentivava a cuidar de si mesma. Sua autoestima melhorava, seguindo inabalada mesmo sendo atacada. Apensar de ser uma escolha para se proteger de perdas futuras, ainda significava uma grande perda para ela.
Os mais próximos se dividiram nas opiniões. Antônio, que quase agrediu o vigia da obra, tinha dúvidas se a desistência seria suficiente, mas deixou claro apoiar qualquer decisão dela. Mara era contra e assim como Gabriela, dizia que parar com as fotos não garantiria o fim das ameaças. Roberta considerava que o fim das fotos a preservaria mais e Janaína afirmou que, mesmo gostando, já teria terminado se não precisasse do dinheiro. A opinião de Janaína pesou mais do que todas. Era quem melhor entendia os sentimentos de Vanessa. Sua atividade vendendo conteúdo na internet, acabaria.
Gabriela, então, ofereceu a Vanessa um último ensaio. Seria um presente, onde não haveria fotos com rosto cortado e não seriam publicadas, exceto se quisesse. Para convencê-la, sugeriu um cenário inédito: uma cachoeira. Distante o bastante da cidade e de quaisquer curiosos e, ao mesmo tempo, belíssimo. A última cartada para seduzir Vanessa foi convidar Janaína. Ela aceitou, mas não menos infeliz.
Com um camisão branco de uma calcinha da mesma cor, Vanessa fez as primeiras fotos ainda na trilha. Sob as orientações de Gabriela, abusou das poses valorizando suas coxas grossas e eventualmente, exibindo parcialmente o bumbum avantajado. Mesmo assim, tinha dificuldade em sorrir. Não tinha aquele sorriso espontâneo de outras vezes. Janaína apenas olhava, de fora do enquadramento e percebia que até mesmo Gabriela não tinha a mesma empolgação de antes para dirigir o ensaio. Apesar da fotógrafa ser a idealizadora daquele ensaio, ela não conseguia se desfazer da culpa por tudo o que acontecia com Vanessa. Talvez, recuperar a alegria dela seria demais para Gabriela.
Sendo assim, Janaína pediu para começar logo a interagir com Vanessa nas fotos. Mesmo sendo mais tímida, tirou a roupa e ficou nua na frente das duas. Abriu sua mochila e tirou várias calcinhas e pediu para as duas escolherem. A desinibição desnorteou tanto Vanessa quando Gabriela, atraindo olhares de ambas e gradualmente elas se animaram em escolher as peças para Janaína vestir. Juntas decidiram por um conjunto rendado de calcinha e sutiã, com uma peça inferior mínima. As duas modelos dividiram as lentes da fotógrafa se aproximando cada vez mais até saírem em poses abraçadas. Em outros momentos, Vanessa e Janaína trocariam beijos em frente a câmera, mas naquele momento, nem mesmo Gabriela as instigava.
Após algumas fotos, a fotógrafa pediu as duas para fazerem mais fotos na água. Vanessa manteve a blusa, mas trocou a calcinha por um biquíni branco e Janaína trocou a lingerie por um biquíni, também preto. Ainda havia um clima estranho, onde o silêncio era substituído pelos sons da natureza, sobretudo da cachoeira. Quando percebeu a fotógrafa, de short jeans e blusa preta, sequer ameaçar trocar de roupa, decidiu provocá-la.
— Não vai entrar na água para tirar as fotos?
— A água é rasa, não vai precisar.
Janaína foi em sua bolsa e de lá tirou um biquíni vermelho. Agarrou Gabriela por trás, lhe tirando o short. Os protestos da fotógrafa chamaram a atenção de Vanessa. Apesar do clima ruim naquela tarde, havia uma intimidade gostosa entre as três que deixava aquela cena particularmente engraçada. Principalmente pelos papéis invertidos, pois Janaína sempre foi a mais introvertida e Gabriela era a provocadora do trio. Os primeiros risos brotaram ali e Vanessa caminhou cuidadosamente por entre as pedras até surpreender Gabriela, ajudando Janaína a tirar seu short e calcinha. A ruiva, já não protestava mais, apenas ria enquanto despida pelas amigas. O clima começava a ficar mais leve.
Com um biquíni vermelho, a fotógrafa entrou na água e de lá registrou suas modelos indo de mãos dadas, caminhando com cuidado por entre as pedras e depois entrando na água. As duas seguiram até a queda d’água, onde foram fotografadas mais vezes. Com cautela, as duas entraram debaixo da queda d’água. A camisa de Vanessa encharcou sob a água e colava em seu corpo, ficando transparente. As aréolas dos seios se evidenciaram sob aquele tecido enquanto apalpados por trás. As carícias carregadas de desejo e o corpo de Janaína, molhado atrás do seu, deixavam Vanessa cada vez mais à vontade. Já não pensava, mas em seus problemas e no fado daquele ser o último ensaio, pensando apenas em se entregar a sua amiga. As duas se beijaram com desejo, apertando seus corpos sob a água. Olharam maliciosamente para a fotógrafa que curiosamente as fotografava em silêncio.
— Você está muito quieta, Gabriela. — disse Vanessa.
— Cadê você dirigindo o ensaio, fazendo a gente se soltar? — brincou, Janaína.
— Com vocês duas juntas, não precisarão de mim para se soltarem. — respondeu Gabriela.
— A gente sente sua falta falando conosco. — disse Janaína.
— Sentimos sua falta aqui em cima — disse Vanessa
As duas mulheres se esfregavam sob a queda d’água, provocando um desejo enorme em Gabriela. Pelo andar das coisas até então aquele ensaio não duraria muito. A fotógrafa, porém, tinha planos para aquela tarde, ainda desconhecidos de suas modelos.
Vanessa e Janaína posavam para Gabriela com interações cada vez mais quentes na tentativa de seduzi-la, mas tiveram que interromper assim que chegou alguém.
Se havia uma certeza sobre aquele ensaio era o fato de a cachoeira ser distante o bastante para ninguém aparecer para atrapalhar. Gabriela caminhou na água para receber a mulher que chegara, como se já a conhecesse. Vanessa e Janaína, frustradas, saíram da pedra e se aproximaram delas. A fotógrafa apresentou Solange como uma de suas clientes, interessada em participar daquele ensaio. Tinha por volta de vinte anos, a pele era branca com os cabelos lisos até o meio das costas. O rosto tinha traços delicados, com um sorriso angelical. Seu corpo era magro, com seios pequenos e o bumbum grande. Parecia tímida ao falar com Gabriela. Vanessa e Janaína observavam, a fotógrafa orientar a nova modelo, frustradas por terem sua diversão interrompida. Não faziam ideia do que passava pela cabeça da ruiva, mas já não gostavam.
Solange vestiu um biquíni preto e foi para água se juntar às outras duas. Uma breve conversa e nenhuma delas sustentou qualquer animosidade com aquela tímida moça, pois elas as cumprimentou entusiasmada, se declarando fã.
— Geralmente os homens que são nossos fãs. — brincou Janaína.
— Eu também sou, quando descobri as páginas de vocês, também fiz um perfil. Eu ainda sou um pouco tímida, mas a Gabriela disse que com vocês também era assim no início.
— Deve ser assim com todo mundo. — disse Vanessa
— Sim, relaxa que uma hora você se solta. — respondeu Janaína
— A Gabriela disse que vocês iam me ajudar nisso.
Vanessa e Janaína se olharam e dois discretos e maliciosos sorrisos brotaram ali com Solange perdida no meio das duas. Gabriela as orientou a irem para uma das rochas no meio do rio. Com a água rasa, até o meio das coxas, as três foram orientadas deixar Solange no centro, como o destaque do ensaio. Assim, a novata tinha suas veteranas lado a lado. Foram várias fotos abraçadas, às vezes com Solange espremida entre os corpos molhados de Vanessa e Janaína. Os toques de Solange, antes discretos, com o tempo buscavam os quadris de suas colegas ganhando firmeza, deixando transparecer desejo. Gabriela, lentamente, voltava a dirigir o ensaio à sua maneira.
— Estou me sentindo tirando fotos de freiras. A Solange tem que ser o objeto de desejo de vocês. Esqueçam a carinha de santa dela porque ela está doida para dar. Eu a conheço bem.
Solange corou. Vanessa e Janaína, mais acostumadas só jeito da fotógrafa, riram. Tiraram fotos alisando o corpo dela, até tocarem seu seio por cima do biquíni.
— Enfia a mão por baixo. — Gritou Gabriela.
Solange respirou fundo com as mãos invadindo seu biquíni. Os dedos lhe apertavam bicos, escondidos pelo tecido.
— Vanessa, tira um sorriso dela!
Compreendendo o pedido, Vanessa, virou o queixo de Solange para si e lhe beijou na boca. Arregalando os olhos, a novata gradualmente aceitou o toque daqueles lábios macios e permitiu a língua explorar a sua boca. Outras mãos lhe apertavam a bunda e os lábios de Janaína lhe arrepiava com beijos no pescoço. Assim que terminou com Vanessa, seus lábios foram requisitados por Janaína. Como a fotógrafa pediu, um sorriso incontrolável se fez presente no rosto de Solange.
— Elas são gostosas, não é? — brincou Gabriela.
Solange assentiu, sem desfazer o sorriso do rosto.
A troca de carícias entre as três terminou quando chegou outra mulher. No susto, Solange ajeitou seu biquíni e vestiu de volta a parte de cima e enquanto Gabriela. Uma loira com a pele queimada de sol e formas sinuosas conversava com a fotógrafa e rapidamente tirava sua roupa. De biquíni rosa, ela entrou na água e foi cumprimentar suas novas colegas. Os cabelos de Fabiana eram ondulados, compridos até os ombros. Os peitos fartos chamavam a atenção tanto quando seu sorriso fácil. Desinibida, cumprimentou cada uma com um selinho, roubado sorrisos de todas as três.
— Meninas, eu trabalho com a Gabriela a alguns anos e nunca tive a coragem que vocês têm. — disse Fabiana, com seu sorriso radiante.
— Não é bem questão de coragem, não tivemos escolha. — disse Janaína.
— Mesmo assim, vocês continuam. Eu queria fazer como vocês, mostrar meu rosto e não me esconder mais de ninguém.
— Não vou continuar mais, esse vai ser o último. — disse Vanessa, com um tom triste na voz.
— Não fala assim! — disse Solange.
— Pagamos um preço muito caro, querida. Não vale à pena se você não precisado dinheiro. — disse Janaína, acariciando o rosto de Solange.
— Eu soube do que aconteceu com vocês. — disse Fabiana.
— Não tem medo de acontecer o mesmo com vocês? — perguntou Vanessa
— Antes eu tinha medo. Agora tenho raiva. Esse povo é muito hipócrita. Podem ter certeza de que cada pessoa que julga vocês, tem suas próprias histórias para contar. — disse Fabiana
— Vou publicar fotos com o meu rosto. Quero nem saber — Acompanhou Solange.
— Vocês são loucas! As pessoas vão perseguir vocês! — disse Janaína.
— Não somos as únicas, saiba disso. Daqui a pouco outras vão mostrar o rosto também e ninguém vai querer ser covarde assim conosco. — comentou Solange.
Foi a primeira vez de Vanessa vendo mulheres dispostas a se exporem. Até então dividia com Janaína as dores da exposição involuntária e dos preconceitos sofridos. Apesar de achar loucura divulgar fotos do rosto, para, muito provavelmente, arriscarem passa o mesmo que ela, gostava de encontrar outras mulheres sentindo empatia por ela. No fundo, gostava do acolhimento trago por aquelas duas mulheres.
— Meninas, vocês não vão fazer nada sem mostrar esses rabos para mim! — provocou Gabriela, interrompendo a conversa.
Fabiana se apoiou em uma pedra, empinando o quadril para a fotógrafa. As demais mulheres seguiram na mesma pose.
— Isso! Lindas! Queria eu apertar essas delícias.
Para provocar a fotógrafa, cada uma apertou a bunda da colega ao lado. Apertões e tapinhas eram trocados entre elas em meio a risos. O clima pesado havia sumido definitivamente.
— Meninas, vocês não estão achando a Vanessa muito vestida?
A engenheira fez uma expressão de desentendida, enquanto Fabiana lhe abraçava por trás. Colando os seios fartos em suas costas, puxou sua camisa, com a ajuda de Solange. Os seios foram libertos e expostos, para Janaína e Solange beijarem seus bicos. Atrás dela, A loira se esfregava em suas costas, mordiscando ombros e pescoço. No meio daquelas mulheres, Vanessa era devorada. Revirando os olhos enquanto bocas exploravam seu corpo, não viu quem tirou a parte debaixo de seu biquíni ou nem de quem eram os dedos que lhe penetravam. Ela apenas se entregava.
O braço de Vanessa foi puxado, a conduzindo para subir em uma pedra mais plana. Fabiana fez questão de deixá-la de quatro e sua bunda apontada para a câmera indiscreta de Gabriela. Janaína se pôs atrás dela e percorreu a língua por suas pregas. Fabiana se encaixou por baixo, separando os lábios de Vanessa com sua língua. Solange engatinhou até Vanessa e a beijou na boca. Com as línguas invasivas, Vanessa gemia descontrolada e quando lhe entraram os dedos, passou a gritar. Fodida por Fabiana e Janaína, Vanessa gozou. Com seu corpo tremendo, de quatro, ela gritou. Um grito longo e manhoso, alto o bastante para competir com a queda d’água.
Ofegante, Vanessa tinha todo seu corpo beijado e mordiscado pelas três, sob a lente insistente de Gabriela.
Fabiana, Janaína e Solange tiraram seus biquínis de vez. Após uma constante troca de olhares lascivos com Vanessa, Fabiana fez Solange sentar na pedra. Encaixou seu corpo no dela, entrelaçando as pernas. As bocetas, úmidas, se esfregaram em um rebolado sensual. Elas se olhavam em provocações mútuas e gemidos constantes, observadas por Vanessa e clicadas por Gabriela.
A fotógrafa, concentrada com a cena na sua frente, foi surpreendida por Janaína mergulhando a mão em sua calcinha. Mordendo os lábios, não deixou de clicar, mesmo com os dedos dançando com seu grelo e as mordiscadas no pescoço. Os laços da parte inferior do seu biquíni foram desfeitos e Janaína a tocava com mais liberdade. A fotógrafa insistia e registrar o momento delicioso entre Solange e Fabiana, mas seu quadril já se mexia por conta própria. Mais um pouco e ela só conseguia segurar a câmera para afastá-la da água enquanto explorada pelos deliciosos dedos de Janaína. Se esticou até uma pedra para deixar seu equipamento e sua modelo se aproveitou dessa posição para lhe socar os dedos por trás mais facilmente. Os gemidos manhosos do gozo de Gabriela ecoaram pela cachoeira, enquanto seu quadril ainda balançava, embalado pelos dedos de Janaína.
Vanessa observava tudo, assim como o orgasmo simultâneo de Solange e Fabiana, com gemidos abafados pelo longo beijo entre as duas.
O ensaio continuou, com todas as mulheres nuas, inclusive Gabriela, cujo biquíni havia sido levado pelo rio. Foi um longo e prazeroso ensaio. Ao longo daquela tarde apareceram outras mulheres que, assim como elas, publicavam e vendiam fotos eróticas suas na internet. Estas, ao contrário delas, sempre esconderam seus rostos e suas identidades com sucesso, sendo modelos anônimas enquanto viviam naquela cidade conservadora. Outras, que cogitavam fazer algo assim, mas aceitaram o convite de Gabriela. Havia algo em comum a elas: a indignação por como Janaína e Vanessa eram julgadas naquela cidade. A fotógrafa queria mostrar as suas modelos, não haver nada de mais no que faziam. Não era errado ou indecente fazer o que gostavam. Mesmo as que experimentavam pela primeira vez se divertiram em explorar a própria sensualidade.
Vanessa e Janaína planejavam guardar aquelas fotos para si, mas algo diferente ocorreu ali. Nas plataformas da internet, mulheres que até então escondiam seus rostos, se exibiram por completo com as fotos da cachoeira. Mesmo as mulheres curiosas, em seus primeiro ensaio naquela tarde, inundaram redes sociais com suas fotos.
Modelos que não estavam lá naquela tarde também tomaram a iniciativa de se expor na internet sem se esconder. O gesto corajoso de se exporem parecia se alastrar por toda a cidade a ponto de qualquer mulher tirar fotos de lingerie em frente ao espelho e publicar em quaisquer redes sociais.
Foi uma revolução, onde houve uma união de tantas mulheres que nenhum homem se opôs. Ninguém julgaria uma mulher por publicar fotos quando a esposa, a filha ou mesmo a mãe fazia igual.

Revolução 23 — A fantasia de Antônio

Décimo andar de um edifício em construção. Estruturas e paredes ainda em osso. Rasgos nos painéis divisórios enchidos com dutos e tubulações diversas. Nenhuma pessoa naquele espaço, exceto um casal. Antônio contava o passo a passo e cada serviço executado, relatando as dificuldades em conduzir uma equipe bem maior em relação às duas suas obras residenciais. Parecia um jeito incomum de se impressionar uma mulher, sobretudo se ela é engenheira e já viu várias iguais àquela. Pedir a ela para se vestir com uma camisa e calça sociais e um blazer era igualmente estranho. Aquilo tudo era extremamente entediante, mas Vanessa não falaria nada, preferindo fingir estar impressionada com algo parte do seu dia a dia. Ele merecia.
Foi uma surpresa agradável não receber nenhum julgamento por parte dele, quando sua vida secreta virou assunto em toda a cidade. O sexo incrível entre os dois a deixou à vontade para revelar tudo sobre sua atividade como modelo. Contou sobre seus envolvimentos com outros homens e outras mulheres e mesmo assim ele não demonstrou ciúmes. Nem mesmo quando contou sobre Wanderley. Pelo contrário, ele riu horrores ao saber da história, sobretudo ao perceber a indignação dela, quando ele se levantou para trabalhar. A história dos policiais também rendeu boas gargalhadas ao mestre de obras.
Antônio era um homem solitário. Já havia casado duas vezes e os relacionamentos nunca deram certo. O motivo: ciúmes. O próprio assumiu ser muito possessivo e que isso lhe causava um enorme desgaste. As duas esposas não suportam e o deixaram. Desde então, vive sozinho, ou em relações casuais. Acostumou-se com a solidão.
Pela primeira vez, ela se sentia segura com alguém. Antônio sabia a verdade sobre ela antes dela se tornar o principal assunto da cidade e a postura dele com ela não mudou mesmo depois de todas as fofocas. Trocavam confidências sinceras, entregando um ao outros seus próprios medos, estreitando os laços muito rapidamente. Antônio parecia o namorado ideal, mas ainda tinha um pé atrás.
Certa vez, entre lençóis, conversavam sobre fantasias sexuais. Ambos já tinham realizado a de fazer sexo em uma obra e Antônio assumiu já ter experimentado um trio com duas mulheres. Vanessa brincou dizendo que ela também já teve duas mulheres e dois homens. Relembrou a história com Carlos e Sidney e de como aquilo não foi necessariamente uma fantasia realizada. Usou e abusou de Sidney naquela ocasião, mas seu desejo mesmo era ser usada por dois homens. Queria se entregar por completo, e isso não poderia ser com qualquer um. Era uma fantasia ainda a realizar. Ao falar isso, Antônio se manteve em silêncio.
Aquilo fora frustrante, mas não seria diferente com a maioria dos homens. Enquanto caminhava com ele por aquela obra vazia, pensava nas palavras de Mara sobre a liberdade de estar solteira. Até semanas atrás, sexo era um momento quase imprevisível, dada a casualidade e naquele momento ela tentava desenhar em sua mente seus próprios limites, tentando imaginar o que Antônio aceitaria ou não. Os sorrisos falsos direcionados às banalidades de construções disfarçaram a agonia de quem olhava para a vida dali em diante, como uma limitação de seus prazeres.
Em seus devaneios, Vanessa silenciou e sua introspecção foi notada. De uma hora para outra, o calor de Antônio aqueceu suas costas. Seu corpo fora apertado pelos braços firmes numa pegada capaz de tirá-la de qualquer distração. Ela se tornou incapaz de pensar qualquer coisa quando os lábios exploraram seu pescoço. Foi conduzida a ficar contra quela parede áspera e empinou o quadril para sentir o volume já rígido atrás de si. Mãos desesperadas abriram botões em sua camisa em busca de seus seios. A pegada firme, naquele lugar, lhe trouxe lembranças.
Recordou uma história de Antônio, de quando ele se encantou com uma cliente enquanto reformava a casa dela. Não foram poucos os momentos de clima entre os dois, mas nunca aconteceu nada de fato. Nesse momento, percebeu o motivo de usar aquelas roupas, num estilo parecido ao da cliente e extremamente excitante para ele. Toda aquela conversa afiada de apresentar a obra era um mero pretexto para realizar sua fantasia. Foi uma surpresa gostosa, capaz de acender seu fogo em um instante.
Antônio a devorava com as mãos e dos seios, uma delas percorreu seu corpo até a sua bunda, onde apertou com robustez para em seguida lhe acertar um tapa.
— Ai, minha bunda!
— Até parece que não gosta….
Vanessa sorri, maliciosa
— Você está querendo me comer aqui, safado?
— Claro, pensou que te traria aqui para mostrar a obra?
Antônio dá mais um tapa. Vanessa geme.
— Bate mais safado.
Antônio acerta mais um tapa nas fartas nádegas de Vanessa. A cada golpe os gemidos se tornavam mais manhosos. A engenheira rebolava, como se implorasse por mais tapas, sendo prontamente atendida.
— Tira essa calça.
— Vou ficar pelada, amor.
Antônio acerta mais um tapa.
— Isso! Quero minha putinha com esse rabão de fora!
Quando Antônio assumia um papel dominador, Vanessa se entregava por completo. A pegada firme, com relativa brutalidade a deixavam extremamente excitada. Tirar a calça naquele lugar foi um gesto prazeroso para ela. Desceu a peça de roupa pelo quadril rebolando para empiná-lo enquanto deslizava peça pelas pernas A calcinha branca se escondia em suas nádegas. Dessa vez, o tapa ardeu em sua pele.
— Vai piranha, desfila para mim!
O sorriso lascivo de Vanessa expressava o quanto se sentia à vontade em ser chamada daquela forma. Caminhou como uma modelo, em passos lentos, erguendo o blazer e a camisa atrás, exibindo seu quadril inteiro. Estava excitada por se exibir e realizar a fantasia de Antônio, principalmente por ele fazer aquela surpresa para ela. Havia planejado tudo, inclusive a obra vazia, permitindo a ela se exibir tranquilamente sem o menor risco de ser vista por outra pessoa.
Sobre esse último detalhe, ela estava errada. Foi um susto tremendo perceber um homem ali, a observando encostado em um vão de porta.
— Meu Deus! — gritou Vanessa, assustada, abaixando a camisa o máximo possível para se cobrir, inutilmente.
— Oi doutora!
O susto a impediu de reconhecer o rapaz, pois além da surpresa, o sorriso malicioso, ornamentado pelo bigode, não lhe era comum. A blusa e calça sujas indicavam ser um trabalhador solitário naquele fim de semana. O rapaz negro, magro com o cabelo crespo envolvendo sua cabeça, se colocava apoiado na parede com os braços cruzados enquanto olhava fixamente em suas coxas nuas. Era mais acostumada a ver Wanderley constrangido enquanto o provocava e naquele momento estava em situação inversa. Continuava com a tentativa inútil de esconder seu corpo, apesar de nada ali ser novidade para aquele rapaz. Estava confusa por estar seminua na frente dele, com Antônio a poucos metros dela. Ao olhar para trás, viu seu namorado com um sorriso safado no rosto e entendeu que aquele passeio na obra era ainda mais cheio de surpresas.
A monótona visita estava cada vez mais interessante.
— O que está fazendo aqui, Wanderley?
O rapaz caminha em direção dela. Ela reage andando para trás, mas o sorriso em seu rosto é o de quem não quer fugir.
— O Antônio me chamou para ser sócio dele.
Os passos para trás terminam com a superfície áspera de tijolo e massa, da parede no osso, em contato com a suave pele das nádegas.
— Sócio? Ele vai dividir essa obra com você — perguntou Vanessa, fingindo não entender.
As mãos empoeiradas de Wanderley vão até o quadril de Vanessa e passeiam pelo corpo dela, espalhando pó de cimento e levando a barra da camisa até a cintura, expondo um pouco mais o curvilíneo corpo da engenheira.
— É outra obra. Uma que ele não dá conta sozinho.
— Ele escolheu bem o sócio dele.
Quando as mãos desceram para a bunda, Vanessa foi puxada de uma vez só. Os lábios abriram permitindo a passagem da língua esfomeada. Wanderley estava afoito, invadindo a boca de Vanessa com a mesma intensidade com a qual apertava suas carnes. A engenheira se derretia, com gemidos abafados se esfregando no corpo do servente. Antônio observa sua namorada sendo agarrada caminhando em direção a eles, a passos lentos. As mãos de Wanderley pareciam querer um pedaço da bunda de Vanessa, tamanha a firmeza do aperto. A boca do rapaz deixou os lábios dela para lhe explorar o pescoço, permitindo a ela olhar seu namorado.
— Me trouxe aqui para ele me comer?
— Queria saber se você é tão piranha quanto parece, mas olhando de fora.
Sem muito controle sobre seu corpo, Vanessa foi rispidamente conduzida pelo servente a se colocar contra a parede. Um tapa firme na bunda veio antes da ordem para empinar o quadril, prontamente obedecida.
— Olha o rabão dessa puta, sócio! — disse Wanderley antes de acertar mais um tapa, arrancando de Vanessa um gemido sofrido.
A mãos com os dedos finos e compridos de Wanderley apertava uma das nádegas de Vanessa. Outra, mais encorpada, com dedos mais grossos, tomou conta do outro lado.
— Essa aqui pede rola toda hora. Não adianta o quanto você come, está sempre pedindo mais.
A mão pesada de Antônio golpeia as carnes de Vanessa. Wanderley o acompanha e a engenheira se vê apanhando dos dois homens. Cada golpe certeiro em suas nádegas provocava um gemido que ecoava junto ao estalo do tapa. Ela gemia manhosa e com alguns golpes já não segurava o sorriso em seu rosto. Wanderley deslizou a mão por entre as nádegas, por cima da calcinha, até sentir o grelo enrijecido. Seu dedo girou em torno daquele pequeno volume e Vanessa reagiu encostando seu rosto na parede áspera, olhando para Antônio sem parar de gemer. O namorado não ficou parado e deslizou um dedo na calcinha dela, percorrendo por entre as nádegas até encontrar as pregas.
— Seu safado!
Com os dedos brincando com o clitóris de Vanessa, Wanderley assistia o dedo grosso de Antônio deslizar dentro da quela calcinha. De início, parecia fazer movimentos circulares, mas em dado momento percebeu a mão lentamente se aproximando do centro enquanto o dedo se aprofundar entre aquelas fartas carnes. Observava Vanessa gemer manhosa ao ser penetrada em um gemido longo, interrompido apenas quando aquele corpo espesso estivesse inteiramente enterrado em seu cu.
— Dedo gostoso no meu cuzinho.
Enquanto o movimento de vai e vem provocar um atrito delicioso em suas pregas, Vanessa percebe sua calcinha ser puxada para o lado.
— Wanderley, seu safado, quer vê-lo enfiar no meu cuzinho?
— Sabia que era safada, mas não tanto, doutora.
— Eu aqui não sou doutora, Wanderley, eu sou puta!
Dedos de Wanderley e Antônio brincavam com a intimidade de Vanessa, arrancando dela um grito descontrolado. Empinada, ela forçava o bumbum para trás, como se tentasse engolir ainda mais o dedo de Antônio. As pernas, se fechara na mão de Wanderley, prendendo-a.
Os dois homens se aproximaram ainda mais de Vanessa. Com a respiração ainda ofegante, se sentiu espremida pelos corpos dos dois. Os dois a beijavam, como se a devorasse, se alternando em sua boca e seu pescoço. Mãos lhe apertavam o corpo, com as mãos sujas de Wanderley lhe manchando a camisa e o blazer com pó de cimento. Ela não ligava. Estava nua da cintura para baixo, havia acabado de gozar e queria mais.
Wanderley a conduziu pelo braço até algum recinto entre os vários em construção. Jogou-a em cima de uma pilha de sacode cimento, levantando ainda mais poeira. Mais tapas foram dados.
— Ai, minha bundinha, Wanderley!
— Sei que gosta de apanhar, doutora!
— Wanderley, ainda me chama de doutora? De chame a de puta, piranha, vagabunda, do que você quiser.
O servente deu duas voltas com a mão no cabelo de Vanessa, prendendo-a. A glande deslizava deliciosamente por entre os lábios enquanto ele se curvava para dizer algo em seu ouvido.
— Vanessa, você é o que eu quiser. Você hoje é a minha doutora!
Abraçando a pilha na qual fora apoiada, ela balançou lentamente o quadril.
— Então come a boceta da sua doutora!
O primeiro movimento fez o servente entrar devagar, provocando um longo gemido em Vanessa. O vai e vem lento, suave, contrastava com a mão segurando firme a cintura dela. O cabelo, preso da outra mão dele, obrigava-a a olhar apenas para frente. Gemia baixinho, manhosa, com a forma quase carinhosa com a qual era comida. Com um movimento na mão, Wanderley virou o rosto dela para o lado, na direção de Antônio. O namorado tinha a calça aberta e o pau na mão.
— Amor, olha o safado do Wanderley me comendo. O pau dele está entrando tão gostoso.
Se aproveitando dos movimentos lentos atrás de si, Vanessa rebolava em provocação ao namorado voyeur.
— A piranha está gostando de dar para ele?
— Sim. Ele me come gostoso. Mais ainda com você olhando.
Wanderley para seus movimentos e tira o pau, voltando a deslizar a glande entre os lábios dela.
— Para com isso Wanderley, assim eu não aguento. Volta a me comer.
O servente acerta um tapa forte nas nádegas dela.
— Pede com jeitinho.
— Safado — Vanessa abriu sorriso largo nos lábios — Wanderley, bota esse pau na doutora e me come gostoso. Estou toda arreganhada para você, pedindo rola e você não vai me comer? Minha boceta ta pingando pedindo sua piroca. Mete em mim, seu puto, safado. Enterra esse caralho em mim!
A provocação de fato fez o servente mudar de atitude, mas de maneira extrema. Wanderley voltou a meter, mas agora com força. Seu quadril se movia agora com contundência, socando seu pau ao máximo em Vanessa. Ela gemia forte com os golpes brutos em seu quadril, abraçando com força a pilha de sacos para aguentar toda aquela pressão. Gritava, olhando para Antônio se masturbando enquanto Wanderley permitia. Mais um puxão em seu cabelo e voltava a olhar para frente, recebendo as pirocadas firmes do homem atrás de si. Wanderley gemia cada vez mais alto até que seus movimentos pararam. Desabando em cima de Vanessa, o servente a abraçou por trás com seu corpo tremendo a cada jato de porra disparado dentro dela. Ela virou o rosto para beijá-lo enquanto ela rebolava, com o pau já flácido dentro dela.
Quando Wanderley saiu, Vanessa olhava para Antônio com um sorriso sapeca. Balançava o quadril como se o hipnotizasse. O namorado se aproximou dela, com o pau na mão e acertou mais um tapa em sua bunda.
— Gostou de dar para o Wanderley?
— Amei, mas quero mais rola. Vai me comer também?
Olhando por sobre o ombro, Vanessa se ajeitou. Empinou o quadril e apertou os sacos de cimento contra si. Quando suas pregas se dilataram, revirou os s olhos.
— Seu puto, safado! Vem comer logo o meu cu.
— Sim. Do jeitinho que a minha puta gosta.
Atônito empurrou um pouco seu corpo para frente. Vanessa gemeu, manhosa.
— Que surpresa gostosa, meu amor.
— O Wanderley ou eu comer o seu cu.
Vanessa riu, interrompida por Antônio, enfiando um pouco mais.
— Os dois.
— Você é chegada numa putaria, não é?
— Adoro! Você também é, deixando ele me comer na sua frente.
Antônio mete mais um pouco.
— Gosto de ver você assim, bem piranha!
— Vai deixar eu ser a piranha do Wanderley de novo?
— Sempre que quiser!
Com o quadril de Antônio colado em sua bunda, Vanessa o tinha todo dentro de si. Movimentos lentos e intercalados com carícias nas costas ajudavam-na a se acostumar com a espessura generosa do namorado.
— Gostoso, safado. Você sabe mesmo comer o meu cu!
Os movimentos se tornavam mais longos até serem o bastante para Antônio entrar e sair inteiro de uma vez. Vanessa apertava os sacos de cimento com força, gemendo enquanto vagarosamente fodida pelo namorado. De repente, ele parou e Vanessa tentou olhar sobre os ombros.
— O que foi?
Um tapa forte, explodiu na bunda de Vanessa.
— Vem para mim, piranha!
— Cachorro, você quer abusar de mim!
As mãos apoiavam firme a pilha de sacos para Vanessa obedecer à ordem de Antônio. Lentamente ela jogava seu quadril para trás, engolindo a rola grossa de Antônio com o cu. Ela mesma fazia o vai e vem e à medida que aquela piroca se alojava mais confortável, Vanessa se movia mais rápido. Logo, a engenheira ia e voltava, inclusive rebolando com o pau de Antônio em seu rabo. Vê-la à vontade foi o bastante para ele a empurrar sobre apilha de sacos de cimento mais uma vez e assumi-lo os movimentos.
Mais uma entrada lenta, mas dessa vez forçando bem até o final, arrancou um gemido mais alto. As estocadas seguintes foram mais fortes e cada vez mais rápidas, obrigando Vanessa a se agarrar ao monte em que se apoiava.
— Isso, amor. Come meu cu!
Antônio fodeu Vanessa com tanta força a ponto de quase derrubar os sacos de areia. Segurava-a pelo ombro e a bunda farta, enquanto empurrava seu rola com vontade. Sua respiração ficava mais intensa até o momento em que ele urrou de prazer, empurrando tudo em Vanessa. Ainda a segurando firme, a manteve presa em seu pau enquanto jorrava porra nela. Ao tirar o pau, ainda se divertiu, melando sua bunda.
A camisa e o blazer estavam cobertos de pó de cimento, assim como parte de seu corpo e seu cabelo. Da boceta e o cu, escorriam porra de seus dois homens. Vanessa pensou em se levantar, mas Antônio ainda a queria debruçada. Com as mãos, abria sua bunda para olhar os líquidos viscosos escorrendo de suas intimidades.
— Mostra para ele, piranha — disse Antônio, antes de dar mais um tapa na bunda dela.
Com um sorriso safado no rosto, ela abriu a própria bunda para exibir-se a Wanderley, o responsável por metade daquela obra de arte.
Suja de pó, Vanessa foi levada ao vestiário, onde ganhou um banho de Antônio e foi comida mais uma vez. Apesar disso, suas roupas ainda estavam empoeiradas, o que chamou a atenção do vigiada obra quando o trio saiu.
Vanessa realizou sua fantasia, dessa vez com dois homens por quem no mínimo nutria grande carinho. Se entregou por completo, realizando de fato uma fantasia sua. Teria satisfeito um grande desejo, se quele vigia não tivesse quebrado sua promessa. Uma nova onda de boatos se espalhou pela cidade, tratando de orgias ocorridas em obras. O nome de Antônio não era citado e nem o de Wanderley, apenas diziam que Vanessa organizava surubas com vários homens em locais diversos, sendo aquela obra, um deles. Com a volta das fofocas, voltavam os assédios, as agressões gratuitas e o medo disso voltar a impactar seu novo trabalho. Vanessa não se sentia sem paz e assim decidiu parar com sua carreira paralela de modelo.

Revolução 22 — Assunto indesejado

Todas as fofocas e histórias contadas na cidade, sejam verdadeiras ou não, tornaram a vida de Vanessa mais difícil. Não havia um lugar na cidade onde não se sentisse julgada pelas pessoas. Havia aqueles defensores da moral que gostavam de aparecer na multidão a ofendendo gratuitamente e havia outros lhe oferecendo dinheiro por sexo. Eram assédios dos mais diversos, capazes de fazer uma pessoa enlouquecer. Vanessa se manteve sã apenas pelos amigos mais próximos. Descobriu em Janaína alguém com quem compartilhar os mesmos dramas e em Gabriela uma aliada leal que não lhe abandonou quando tudo piorou. A presença e amizade das duas foram fundamentais, mas não foram as únicas. Mara nunca deixou de frequentar sua casa, mesmo que isso significasse brigar com o marido. Não tinha medo de ficar mal falada, tanto que era disposta a discutir com qualquer detrator de sua amiga, não importe onde estivesse. Foram muitos os barracos em praça pública. Mesmo Roberta, tão conservadora, também não a abandonou. Foi ela, inclusive, quem a acompanhou na delegacia para denunciar o vazamento de suas fotos por Otávio. Foi um dos momentos mais difíceis em toda essa crise e a amiga surpreendeu. Vanessa chegou a perguntar a ela o que pensava daquilo tudo, lembrando das opiniões dela sobre a história de Janaína. Foi uma surpresa agradável descobrir a mudança de opinião da amiga.
— Se há alguma coisa imoral nessa cidade, é o que fizeram e fazem com você.
Enquanto se apegava aos verdadeiros amigos, Vanessa buscava continuar sua vida dependendo ao mínimo daquela cidade. Conseguiu emprego na construtora de uma cidade vizinha. Com tanto tempo sem trabalho, temia ficar dependente de suas fotos. Finalmente, uma boa notícia. Vanessa iria trabalhar em outro lugar, distante das fofocas e dos problemas. Ao assinar o contrato com os novos empregadores, descobriu ter sido escolhida após ter sido bem recomendada por terceiros. Foi uma grande surpresa para ela descobrir ter sido Antônio quem a recomendou.
Havia poucos dias do fim do período de férias do mestre de obras e Vanessa não sabia o que fazer com ele. Quando Otávio a tirou da obra e espalhou seus vídeos pela internet, o procurou, mas ele estava incomunicável. De fato, ele havia avisado sobre isso nessa viagem, deixando Vanessa mais tensa, sem saber como ele reagiria a tudo o que aconteceu. As mensagens da engenheira ficaram sem resposta por dias, aumentando o medo de ser julgada. Quando Antônio voltou e retornou as mensagens e ligações, Vanessa já não queria mais falar com ele. Se tornara a mulher mais mal falada da cidade e não tinha coragem de encará-lo. Quis fugir dele enquanto podia, mas não podia ser ingrata depois de sua ajuda.
Calça jeans, uma blusa cinza e um tênis. Vanessa foi até o apartamento de Antônio se vestindo discretamente, procurando minimizar os olhares acusadores de quem cruzasse seu caminho. Ela não queria fazer aquilo, mas precisava agradecer a Antônio pela ajuda, mesmo tendo certeza de que seria julgada por ele, assim como foi com todos os outros. Ainda enquanto era anunciada pelo porteiro, seu coração disparava, pensando se seria dispensada ali mesmo. Foi um alívio saber que podia subir.
Os olhares de Antônio percorrendo seu corpo de baixo para cima lhe causou uma impressão ruim. Já havia aprendido a lidar com o desprezo das pessoas, mas não imaginava como seria ser destratada por alguém tão íntimo. Não sabia o que dizer, gerando um silêncio constrangedor enquanto os dois, de pé, se olhavam na sala do pequeno apartamento. Com muito custo, Vanessa se manifestou, agradecendo a recomendação e por conseguir emprego. Sua voz, não disfarçava o constrangimento. Antônio parecia incomodado com aquela conversa, como se quisesse falar algo, mas sem saber como. Assim, com muita dificuldade, Vanessa trouxe o assunto indesejado.
— Olha, Antônio, muita coisa aconteceu quando você saiu e já deve estar sabendo de tudo. Imagino que tenha se sentido enganado e queria te pedir desculpas e entendo se não quiser mais falar comigo.
Um peso caiu das costas de Vanessa ao falar, mas a tensão continuava. Antônio olhava sério para ela e caminhou em sua direção, fazendo seu coração acelerar mais ainda. Tinha a certeza de, na melhor das hipóteses, ser mandada embora daquela casa educadamente e não se aproximar mais dele. Seus olhos marejavam com a iminência da rejeição quando ele estava a poucos centímetros dela.
Antônio a abraçou.
Os braços fortes envolveram o seu corpo, lhe oferecendo um conforto inesperado. Os dedos entrelaçaram entre os fios de seu cabelo, promovendo uma carícia em sua nuca. Vanessa retribuiu o abraço, e chorou.
— Eu que lhe devo desculpas. Eu devia estar aqui quando aconteceu.
— Não devia. Você estava em suas férias.
— Fiquei sabendo que não precisou de mim.
Vanessa quebrou seu choro com um riso, se lembrando do soco dado em Otávio.
— Não sabia como você iria reagir, achei que estivesse com raiva de mim.
— Por quê?
— Bom, a cidade inteira me detesta agora que sabem do que faço, das minhas fotos.
— Não tenho como ficar com raiva de você porque já sabia antes.
Vanessa, sem sair dos braços de Antônio, olhou-o nos olhos com o cenho franzido. — Como assim, sabia? — perguntou.
Olhando a expressão de perplexidade de Vanessa, Antônio sorriu. Surpreendeu-a mais uma vez com um beijo. Invadiu a boca com sua língua, a explorando lentamente. As mãos puxavam o corpo dela ainda mais contra o seu enquanto deslizavam pelas costas até encontrarem a bunda farta de Vanessa. Os gemidos abafados denunciavam o quanto ela se derretia em seu beijo.
— “Sabia” era um exagero. Desconfiava. Você nunca foi de atrasar compras para a obra e já sabia que estava pegando trabalho extra, mas não sabia de nenhuma obra nova contigo. Daí converso com uma modelo na internet e sugiro para ela uma foto em uma obra e dias depois aparece um ensaio inteiro como eu pedi, justamente na obra em que trabalho.
Vanessa sorri, sapeca, ao descobrir a identidade de seu seguidor.
— Não acredito que era você! — disse Vanessa enquanto esfregava sua coxa na perna dele e lhe dando mais um longo beijo.
— Era eu sim. Até lhe contei da fiscal que comi na obra.
Ela riu, lembrando da história.
— Como sabia que era eu nas fotos. Meu rosto não aparece e podia ser qualquer modelo naquela obra.
Antônio a beija mais uma vez.
— Então, já tinha ouvido sobre os trabalhos que aquela ruiva que contratou para fotografar a obra. Além disso — Antônio dá dois tapas firmes na bunda de Vanessa — Conheço bem esse corpo.
Os tapas deixaram o sorriso de Vanessa ainda mais malicioso.
— Então quando me comeu lá em casa já imaginava que eu era a mulher das fotos.
— Sim. Foi uma fantasia realizada.
— Quer realizá-la de novo?
Antônio beija Vanessa mais uma vez, apertando agora os seios sobre a blusa. — Isso te responde?
O diálogo deu espaço a uma troca intensa de beijos e mãos apertando os dois corpos. Vanessa levou a mão ao pau de Antônio, duro na bermuda e mordeu os lábios antes de se ajoelhar na frente dele. Tirou a bermuda e a cueca com um certo desespero, louca para mamar aquela rola mais uma vez. Abocanhou aquele pau, já duro, lentamente, deslizando a boca por todo o relevo daquele membro, arrancando gemidos de Antônio. Apertava as coxas e a bunda dele enquanto o chupava, indo e voltando com a boca em seu pau. Não satisfeita, lambeu-lhe as bolas e as chupou. De pé, Antônio respirava ofegante, olhando Vanessa chupar cada uma de suas bolas e depois voltar a recolher sua rola com a boca. Mamou aquela pica ainda mais devagar, sugando os gemidos descontrolados daquele homem até ele não se aguentar mais. Anônimo urrou de prazer ao jorrar porra na boca de Vanessa. Ela engoliu tudo.
Saciado, ele retribuiu na mesma moeda. Arrancou a calça e a calcinha de Vanessa e a colocou ajoelhada no sofá. A fez abrir as pernas, se expondo completamente a ele, ajoelhado atrás dela. Ao menor toque da língua entre os lábios, Vanessa gemeu manhosa. Ela apertava o encosto traseiro do sofá com força enquanto gemia sem parar na língua invasiva. Antônio explorava sua intimidade habilmente, provocando nela gemidos descontrolados. Com ela naquela posição, ele a explorava com facilidade, passeando a língua e eventualmente a penetrando. As mãos lhe apertavam a bunda e acertava tapas firmes. Cada golpe recebia um gritinho manhoso como resposta. O toque macio e úmido saiu da boceta de Vanessa, traçando um lento risco pelo períneo até alcançar as pregas, quando os gemidos dela se misturaram aos risos recheados de malícia. A língua lambeu cada prega delicadamente antes de deslizar no meio delas. Vanessa já tinha uma mão agitando seu grelo quando a língua entrando no seu cu a fez enlouquecer.
— Que delícia, Antônio. Come o meu cuzinho, por favor!
Com a ereção já restabelecida, ele se pôs de pé, deslizando a rola nas pregas dela. O gemido de Vanessa durou o tempo necessário para todo o pau entrar. Foi um instante, mas parecia uma eternidade prazerosa. Vanessa tirou a blusa e o sutiã, deixado as costas nuas para serem acariciadas enquanto ela era enrabada.
— Isso, come o meu cu!
Antônio balançava seu quadril devagar, indo e voltando, se aproveitando do buraquinho apertado dela. Em certo momento, puxou o pau até deixar apenas a glande dentro e deu um tapa na bunda dela. Vanessa, abriu um sorriso safado e a passou a empurra o quadril para trás e engolir aquele falo novamente. Passou a ser ela a ir e voltar com seu quadril, engolindo aquela rola com o cu.
Mais um tapa e Antônio a domina de vez, segurando seu cabelo. Retoma os movimentos e os acelera um pouco e Vanessa volta a decolar seu clitóris.
— Isso, gostoso. Come o cuzinho da sua puta!
Antônio da mais dois tapas na bunda dela.
— Minha puta, não é? Esse rabão é todo meu!
— Isso! Todo seu, para você me comer como quiser.
A troca de obscenidades o deixou mais excitado e Vanessa percebeu isso pelos movimentos ainda mais contundentes. Ela acompanhou a intensidade com os dedos no grelo até conseguiu gozar, acompanhando Antônio que conseguira mais um orgasmo.
Ele a abraçou por trás, empurrando seu pau inteiro, mas perdendo as forças nas pernas. Com Vanessa igualmente desequilibrada pelos espasmos de prazer, os dois tombaram no sofá e em seguida caíram dele. Risos ecoavam pela sala e nenhum dos dois sabia dizer se era pelo orgasmo ou pelo próprio tombo. Mesmo após a crise de risos, os dois ficariam juntos naquele chão por um bom tempo.

Revolução 21 — As fotógrafas

Quando soube do encontro de Vanessa e Janaína, um sorriso se abriu no rosto de Gabriela. Apesar dos cuidados de editar as fotos para não aparecerem o rosto e todos os avisos sobre manter o anonimato, viu de perto a desgraça onde as duas caíram ao perderem o controle de seus segredos. Cada vez mais mulheres a procuravam para fazer ensaios escondidos dos seus maridos, ou sob aprovação deles, desde que sigilosos. Era um mercado lucrativo e divertido. Gabriela sempre se excitava ao extrair sensualidade até então desconhecida daquelas mulheres, terminando os ensaios úmida de tanto tesão. Apesar das provocações durante os ensaios, o profissionalismo sempre a impediu de se envolver com clientes. Era o trabalho dos sonhos, mas quando Janaína virou alvo de fofocas, a ponto de perder o emprego e o casamento, se sentiu culpada por incentivá-la e lucrar com tudo aquilo. Na época, pensou em parar de trabalhar com ensaios sensuais pelo tanto que a vida de Janaína foi impactada. Quando sua modelo não quis parar por ter nos ensaios a única fonte de renda, mudou de ideia.
Com o tempo, o caso de Janaína parecia pontual, pois todas as suas clientes mantinham seus segredos tranquilamente. O caso de Vanessa a fez ficar em dúvidas mais uma vez. Como da outra vez, se sentiu em conflito, pois sentia que suas fotos eram o motivo da ruína daquelas mulheres e, ao mesmo tempo, tudo o que elas têm. Sugerir a Vanessa uma conversa com Janaína parecia um jeito de auxiliar as duas de uma forma que ela não conseguia. Ambas são vítimas dos mesmos preconceitos e com certeza se sentiriam menos sozinhas.
Esperava uma ajuda mútua, um diálogo com uma boa troca de experiências em que ambas sairiam mais maduras para enfrentar suas dificuldades. Não passava pela sua cabeça elas quererem um ensaio em conjunto.
Sabendo o que elas passaram, Gabriela que um ensaio com as duas mulheres mais mal faladas da cidade aumentaria ainda mais o preconceito sobre elas. Já ouvira histórias sobre Janaína ser hostilizada na rua algumas vezes e Vanessa perdera todos os seus trabalhos. Temia que um ensaio desses chocasse a cidade a ponto de ter reações ainda mais graves. Ela argumentou, mas as duas foram insistentes. Diziam ser só uma experiência para ajudar Janaína a se soltar mais e não tinha mais medo do quanto mal aquela cidade poderia fazer a elas além do que já fizeram. Foi uma longa conversa, mas chegara em um termo onde as modelos prometeram não divulgar as fotos mais explícitas.
Foi uma surpresa ainda maior para Gabriela o fato delas escolherem um motel como cenário. As duas dividiram uma suíte e levaram a fotógrafa consigo. Levaram malas com lingeries e brinquedos eróticos para escolherem na hora. Passaram longos minutos escolhendo o que vestir. Vanessa escolheu um conjunto rendado rosa, com cinta liga, sutiã, meia e uma calcinha, que apenas das laterais largas, se escondia em sua bunda. Janaína vestiu um conjunto roxo com uma caleçon e sutiã.
Era notável para Gabriela a expectativa as duas para um ensaio incrível. Sua animação habitual para ajudar suas modelos a se soltarem não estava presente ali. Ainda receosa pelos recentes fatos, pensava ser melhor elas apenas se divertirem, sem publicar nada do que sair ali.
A fotógrafa deu a ideia de fotografar uma de cada vez sobre a cama, pensando em ter pelo menos essas para aproveitar. Vanessa foi primeiro, dando um show de desinibição. Sentou na cama com as pernas arreganhadas. Exibiu toda a sua intimidade puxando a calcinha para o lado e se masturbou para as lentes de fotógrafa.
— Sua safada! Continua — incentivou Gabriela.
Vanessa então se pês de costas, ajoelhada. Empinou o quadril e brincou de ajustar a calcinha. Lentamente se colocou de quatro. Olhava para a câmera lascivamente, seduzindo Gabriela.
— Delícia, Vanessa! — a fotógrafa se virar para Janaína. — Então, acha que consegue fazer igual a ela?
Mordendo os lábios, Janaína se deitou de bruços, misturada aos lençóis. Lentamente, se apoiou nos joelhos e nas mãos.
— Isso, fica de quatro para mim!
Janaína sorriu com a provocação da fotógrafa e foi além. Separou mais os joelhos e segurou a fronha com os dentes.
— Perfeito, Janaína. Se imagine levanto uma rola bem gostosa.
Se levantou e ficou de joelhos. Levou as mãos por dentro da caleçon, apalpando a própria bunda. Estas então o desceram, levando a calcinha consigo. Com o quadril descoberto, voltou a ficar de quatro, exposta, e levou uma mão para trás e enfiando um dedo entre suas pregas. Gabriela já esquecera qualquer preocupação sua e se deliciava entre seus cliques.
— Vanessa, pelo amor de Deus, o que você fez com essa mulher?
As modelos riram
— Tenho meus métodos. Depois os ensino para você.
Gabriela riu da brincadeira e sugeriu uma sequência de fotos juntas na cama. Teve o cuidado de pedira a ela poses em que ficasse um pouco separadas, se aproximando de pouco em pouco até ficarem juntas.
— Olha a delícia, a bunda da Vanessa, Janaína! Aperta esse rabão.
Rindo, Janaína obedeceu. Apertou com firmeza a sua amiga. Esta, retribuía o toque, segurando sua cintura. De joelhos, com os corpos colados e coxas entrelaçadas, as duas se olhavam nos olhos, enquanto Gabriela disparava cliques de todas as direções.
— Vanessa, se eu fosse você, beijava-a na boca.
Gabriela provocou, mas não estava a atitude de Vanessa, muito menos a correspondência de Janaína. As duas se beijaram com paixão na sua frente. A fotógrafa sentia um fogo entre as pernas enquanto orbitava em torno das duas buscando todos os ângulos. Às vezes parava para admirar o esfregar daquelas línguas. Elas, não paravam, como se tivessem esquecido Gabriela naquela suíte. As mãos das duas se exploravam, se apertando com desejo. Quando o beijo terminou, continuaram abraçadas enquanto riam da expressão boquiaberta da fotógrafa.
— A gente não te paga para ficar parada — brincou Vanessa.
O gracejo de Vanessa foi interrompido por Janaína, a jogando de quatro na cama. Gabriela voltou imediatamente a fotografar a loira abaixar a calcinha de sua colega e deslizar a mão em sua boceta. Parecia simulação, mas o gemido de Vanessa era real. Depois se colocou atrás dela, puxando seu cabelo, como se a penetrasse. Gabriela registrou tudo, lutando contra a vontade de se masturbar. As duas continuaram sua interação, com poses e gestos cada vez mais ousados. As roupas iam caindo uma a uma, até não sobrarem nem as meias.
Gabriela estava mais do que excitada. Era a primeira vez fazendo o ensaio de uma dupla e não imaginava tamanha interação entre as duas. Com certeza, pouquíssimas fotos seriam aproveitadas para evitar mais rebuliço na cidade. Ela guardava seus equipamentos na bolsa enquanto pensava em voltar logo para sua casa e se masturbar depois de toda aquela cena. Quando se virou, viu suas modelos, nuas, apontando seus celulares para ela.
— Sua vez, piranha. — Brincou Vanessa
— Vira esse rabão para a gente. — ordenou
Com uma calça legging e uma blusa azul de mangas curtas, Gabriela não levou a sério as ordens de suas modelos, mas elas insistiram. Janaína, normalmente mais contida, acertou um tapa na bunda de Gabriela, reafirmando sua ordem. O sorriso da fotógrafa não escondeu o quanto aquele excesso de liberdade a agradava. Entrou na brincadeira, se apoiando contra a parede.
— De calça, não, Gabriela!
A reclamação de Vanessa fez a ruiva corar e ficar sem reação. Um sorriso constrangido brotou em seu rosto e foi rapidamente interrompido quando Vanessa se ajoelhou atrás dela e lhe tirou a calça, deixando a calcinha branca. Sua modelo ainda a ajeitou em seu quadril e acertou mais um tapa em seu bumbum.
— Olha que bunda gostosa — provocou Vanessa.
— Vontade de comer esse rabo. — emendou Janaína.
— Meninas, vocês estão me deixando sem graça — respondeu, Gabriela.
— Você fala assim conosco e nem reclamamos — disse Vanessa, antes de fazer um sinal para sua colega.
Janaína se aproximou por trás de Gabriela e tirou sua blusa. Soltou o sutiã, liberando os seios da fotógrafa e os apalpou, colando seu corpo atrás do dela. As mãos saíram dos seios e passearam pelo resto do corpo. A boca, buscava os ombros e pescoço, provocando arrepios em Gabriela.
— Vocês não iam tirar foto?
— Eu não quero sair daqui.
Ao virar o rosto, Gabriela encontra os lábios de Janaína. O roçar de línguas era acompanhado pelas quatro mãos assanhadas. Gabriela levava as mãos para trás, buscando apertar Janaína o quanto podia e sentia mãos apertarem seus seios mais uma vez. De repente, outra mão surge entre suas pernas.
— Eu também quero!
Vanessa beija Gabriela, com os dedos dançando com o grelo dela. Com os lábios de Janaína em seu pescoço, a coxa dela esfregando na sua, gemia manhosa. Vanessa penetra a boceta de Gabriela e Janaína caprichosamente captura seu grelo com dois dedos. Ambas tocavam a fotógrafa com o mesmo ritmo. As bocas a cobriam de beijos carinhosos enquanto Gabriela gemia cada vez mais alto até seu orgasmo. Seu corpo tremeu inteiro, espremido entre as duas.
Com a respiração ainda ofegante, Gabriela tentava abraçar as duas e as beijava alternadamente. Pegou suas modelos pelas mãos e as conduziu até a cama. Atacou Vanessa, a jogando de quatro nos lençóis. Abriu as nádegas dela e passou a língua lentamente pelas pregas.
— Que língua gostosa, Gabi!
— Tu não sabe a vontade que me dá quando você abre esse rabão para mim.
— Você fica pedindo a minha bunda no ensaio e fico doida para dar. Agora me come!
Vanessa recebeu um beijo grego, lento e delicioso, com as mãos de Gabriela apertando firme a lhe abrindo as nádegas. Janaína se pôs à sua frente, abrindo as pernas para receber o seu beijo. Chupou sua amiga enquanto dava o cu a Gabriela. A língua da ruiva riscava por suas pregas em movimentos circulares até o momento de deslizar entre elas. Vanessa não resistiu e tirou a boca da boceta de Janaína para gemer, assustando sua amiga.
— A língua dela está no meu cu… — disse Vanessa, entre gemidos.
O lento movimento de vai e vem com a língua foi acompanhado de outro parecido, dos dedos da fotógrafa na boceta de Vanessa, que já não conseguia mais chupar Janaína. Vanessa gozou de quatro, na boca e nos dedos de Gabriela.
Gabriela em seguida mergulhou entre as pernas de Janaína, a fazendo se contorcer em sua boca. A fotógrafa se fartou com sua modelo até o corpo dela tremer de prazer. Ela ainda passaria mais algumas horas naquela cama, espremida entre Vanessa e Janaína.

Revolução 20 — Troca de experiências

Depois da noite incrível com Carlos, apesar de Sidney, Vanessa acordou no dia seguinte empolgada para espiar como estariam os dois no mercado e ver se Carlos havia mudado. Dessa vez não falou com ele, olhando apenas a distância. Era nítido, até pela postura, a diferença. Parecia mais esperto, não apenas no olhar, mas na disposição com a qual trabalhava. Sidney era o oposto, não aparentando a irreverência habitual. Parecia ter finalmente feito a diferença para aquele rapaz. Já estava ansiosa para a próxima aula. Mal sabia aquela ter sido a última.
Havia postado uma foto tirada por Gabriela durante o ensaio na sala de aula para atiçar seus seguidores. Para sua surpresa, e decepção, um comentário atraiu mais a atenção da audiência do que a própria foto: “Foi a melhor foda da minha vida. A piranha da Professora Vanessa dá aula de sexo na sala de treinamento da fábrica velha todas as noites. Fodi a boquinha, o cu e a boceta dessa vagabunda. Quem quiser é só ir à fábrica ter uma aula prática de graça.”
Não era o perfil do Carlos e nem era o jeito dele fazer esse tipo de comentário. Era bem possível ter sido Sidney em vingança por ser ignorado. De fato, não esperava muito dele e seu jeito debochado, mas a quantidade de respostas daquele comentário a preocupava. Mandou uma mensagem para o Carlos procurando saber como estava e soube que Sidney espalhou a história sobre ela fazer sexo na fábrica velha para todos no mercado. O efeito entre os colegas de trabalho não chegou a ser negativo, pois entre os homens era tratado como herói. Por outro lado, foi muito mal aceito pela família. Sendo Carlos um homem muito tímido, entenderam que Vanessa havia se aproveitado dele. Ele não a veria mais.
A vingança de Sidney tomava proporções maiores, pois por alguns, era dito que Vanessa seduzia menores de idade. As poucas obras que sobraram, ela perdeu. Sem trabalho, restou a venda de fotos como fonte de renda, mas depois da atitude de Sidney, ficou insuportável de visitar sua própria página. Havia um assédio constante. Muitos perfis a ofendiam gratuitamente e alguns outros queriam contratá-la para fazer programa. Gabriela tinha razão, tudo podia ficar bem pior.
Com anos trabalhando de forma autônoma, viu-se na necessidade de buscar emprego mais uma vez. Espalhou currículos em construtoras, mas foi chamada para entrevista apenas em algumas. Em uma delas, o entrevistador fez mais perguntas sobre sua venda de fotos do que sua experiência em obras. Apesar de se vestir discretamente com calça e camisa sociais, só se interessava por ela sem roupa. Saiu da entrevista rezando para não ser chamada.
De lá, caminhou pela rua, olhando o celular. Desde que voltou a espalhar currículos, vivia ansiosa por abrir seu e-mail na esperança de ser chamada para trabalhar ou para outra entrevista. Sua atenção foi quebrada por um tumulto. Uma mulher caminhava apressada pela calçada enquanto algumas pessoas a ofendiam. Não era uma discussão, pois a mulher parecia apenas estar fugindo daqueles agressores. Pela covardia e os tipos de ofensas proferidos, Vanessa não teve dificuldade em se colocar no lugar dela. Já tinha esquecido de suas preocupações com sua busca por trabalho quando apertou seus passos em direção àquelas pessoas.
Enquanto a mulher procurava a chave para entrar em seu prédio, Vanessa brigava com aquele grupo de pessoas. O coletivo de detratores a reconheceu na hora, a chamando de “outra puta”. O sangue dela ferveu.
— Vocês são canalhas! Esse tanto de gente cercando uma mulher sozinha. Covardes, filhos da puta. Isso que vocês são.
Acostumada a trabalhar em um meio tão masculino, Vanessa sabia se impor de uma maneira que até os homens mais brutos se assustavam. Todos ficaram em silêncio, talvez com medo de terem o nariz quebrado. Quando a mulher finalmente abre seu portão, ela puxa Vanessa para dentro.
— Obrigada, meu anjo. Vem comigo que eu te faço um café.
Quando entraram no elevador, Vanessa ainda estava tão indignada com aquela situação que não reconhecera a mulher cm quem estava. Esta, estava tão constrangida que quase não falava. Limitava-se a guiar sua defensora até sua casa e fazer um café. Era uma quitinete, onde sala e quarto se misturavam ao lado de uma cozinha minúscula. Mesmo assim, era uma casa arrumada e aparentava ser confortável, apesar do pouco espaço. Chamou a atenção de Vanessa alguns equipamentos de Iluminação, semelhantes aos que ela tinha. Foi quando deu mais atenção à sua anfitriã, que passava o café.
Loira, tinha por volta de trinta anos. O cabelo longo e liso ia até o meio das costas. Vestia uma calça jeans e uma blusa verde com mangas até o cotovelo. Vanessa s levou bastante tempo para reconhecer aquela mulher.
— Você é a Janaína, não é?
Ela deu um sorriso constrangido.
— Sim, eu sou “A Janaína”
— Me desculpa, você pintou o cabelo de loiro e quase não te reconheci.
— Não se desculpa. Hoje em dia fico feliz quando não me reconhecem.
Vanessa engoliu em seco, constrangida ao se dar conta estar fazendo ela ter lembranças traumáticas.
— Não fique assim. Sei quem você é também. Está passando pela mesma situação que eu. Você é muito corajosa, eu não conseguiria enfrentar aquelas pessoas.
— Não é culpa sua, eles que são hipócritas.
— Sim, um ou outro ali já me procurou sozinho, querendo ficar comigo. Quando estão em grupos, me atacam.
— Como consegue?
— Como você consegue?
As duas trocaram um sorriso constrangido. Tomaram café, sentadas lado a lado, compartilhando suas tragédias e trocavam boatos desmentidos. Vanessa explicava a história com Carlos e Sidney para dizer que nunca saiu com adolescentes. Janaína disse que, ao contrário do que falavam, nunca teve um amante. Tudo começou com um fetiche do marido, que queria que ela tirasse fotos para ele. A partir disso ele quis divulgar, pois se excitava em ver a esposa se exibindo. Quando tentaram um colega de trabalho descobriu, a chantageou, querendo transar com ele. Eram assédios constantes, seguidos de ameaças. Janaína não foi demitida, ela se demitiu. O colega, frustrado, espalhou uma versão falsa da história e o ex-marido se divorciou para não assumir para a sociedade, seu fetiche em exibir a esposa.
A história de uma mulher fazendo de tudo para agradar o marido não era novidade para Vanessa, mas pela primeira vez ouvia um final tão trágico. Contando apenas com as economias, Janaína alugou aquele apartamento minúsculo e levou muito tempo até conseguir emprego, em outra cidade. O perfil onde vendia suas fotos foi deletado, mas fez outro, com outro nome, onde tirava sua renda até conseguir outro emprego. Pintou o cabelo para se afastar da antiga imagem o quanto pudesse, sem muito sucesso. Janaína tinha um olhar triste, resignado com as tragédias da sua vida. Vanessa contou sobre Otávio e como ele, assim como Sidney, atacavam sua honra por vinganças pequenas. Dos olhos cheios de raiva de Vanessa brotaram as primeiras lágrimas. Janaína a abraçou e as duas choraram juntas.
— Diz que sou corajosa, mas ninguém passa por isso tudo sem coragem. Covardes são eles!
— Você tem razão.
Permaneceram abraçadas, até as lágrimas secarem.
— Se arrepende de ter começado tudo isso? — perguntou Vanessa. Janaína permaneceu olhando para ela, pensativa.
— Eu não cheguei a uma conclusão ainda. É óbvio que se não tivesse começado com as fotos eu hoje teria meu emprego e meu casamento. Por outro lado, eu estaria até hoje sem saber a índole das pessoas que conviviam comigo. Me assusta saber que o homem com quem escolhi dividir minha vida fez isso comigo. Eu estaria vivendo com um canalha até hoje.
— Nem pensei nisso.
— Porque, você se arrepende?
— Eu também não tenho certeza, mas diferente de você, divorciei antes de começar e nem por isso fui poupada de julgamentos e fofocas. Eu me descobri exibicionista e achei que as fotos e o site seriam algo mais seguro do que ficar pelada na varanda para os vizinhos verem. — Vanessa riu e Janaína gargalhou — funcionou por um tempo. Me incentivou a me cuidar mais, me sentia mais bonita, com a autoestima lá em cima. Eu me arrependo mais das pessoas que deixei se aproximarem.
— Eles nunca valem a pena, não é?
— Sim, mas a falta de atitude de algumas também decepciona.
Janaína a olhou, franzindo o cenho. Vanessa sorriu.
— Sim, mulheres também.
— Você é mesmo corajosa.
— Você também é. Depois do que passou, você faz qualquer coisa.
— Ainda não consigo tirar as fotos que você tira.
Vanessa enrubesce.
— Chegaram até você?
— Sim, acho que todos na cidade já viram. Só falta assumir que gostam. Depois passei a te seguir.
— Não acredito!
— Sim. — Janaína abre a bolsa e pega o celular. Clica várias vezes na tela e a entrega a Vanessa. — Sou essa aqui.
Vanessa olha foto de Janaína vestindo apenas uma calcinha, com salto alto. Estava de costas para a câmera, cobrindo os seios com as mãos.
— Linda essa foto.
— Obrigada, mas queria tirar fotos ousadas como você. Aliás, isso me ajudaria a alugar um apartamento maior.
— Não consegue se soltar nas fotos?
— Sou muito tímida.
— Você não tira fotos com a Gabriela? Ela é ótima em dirigir a gente.
— Depende né. Ela fica o tempo todo falando como se quisesse me comer. Acabo ficando mais tímida ainda.
— Você não gosta quando falam assim com você, né? Ainda mais sendo mulher.
Janaína olhou para Vanessa e um sorriso malicioso escapuliu de seus lábios.
— Na verdade — Janaína respira fundo. — gosto, mas eu sempre travo.
— Você sente que ela está te desejando, não é?
— Sim, é uma sensação gostosa, mas eu precisava de um…” meio-termo”, sabe?
— Entendo. Comigo é o oposto, quanto mais ela e provoca mais eu me exibo para ela. Já fiquei molhada em alguns ensaios, me exibindo na esperança dela jogar a câmera fora e me agarrar.
Janaína gargalhou.
— Me sinto da mesma forma. A danada gosta de provocar.
— Pior que ela não faz nada comigo. Ainda termina o ensaio dizendo que precisa trocar a calcinha.
— Não sei como ficaria se ela falasse isso para mim.
— Pensei que não gostasse de mulher.
— Nunca pensei nessas coisas, até conhecê-la. Gabriela mexe conosco.
Janaína e Vanessa gargalhavam das próprias histórias. Pela primeira vez Vanessa conversava com alguém com algo em comum. Tinham dramas parecidos e a troca de experiências geravam aprendizado para ambas. Janaína surpreendia ao compensar as fotos menos ousadas seduzindo seus seguidores nos chats, convencendo-os a comprar a maioria de suas fotos, mesmo não sendo tão ousadas. Com esse aprendizado, Vanessa se sentiu na obrigação de retribuir.
Janaína ficou sem reação, quando Vanessa abriu os botões da sua blusa.
— O que é isso?
— Vamos tirar umas fotos suas. Tira tudo!
Janaína ria, inventando desculpas, mas sem fazer o menor esforço para interromper Vanessa. Quando ela suspendeu o quadril para facilitar a retirada da calça, Vanessa a olhou maliciosa. Sem as calças e a blusa, Janaína se levantou e ajeitou a calcinha.
— Vai lá, vire a bunda para mim!
Janaína riu, sem graça.
— Imitar a Gabriela não vai ajudar.
Vanessa riu, pedindo desculpas. Sugeriu a Janaína fazer a pose que quisesse. A loira tirou o sutiã e cobriu os seios com as mãos. Depois cobriu os seios com os cabelos. Vanessa, que fotografava tudo com seu celular, percebia Janaína ainda muito retraída.
— Agora não estou te pressionando. O que mais posso fazer?
— Não sei, Vanessa. Acabei de te conhecer e já fico pelada. Já estou fazendo muito esforço para me soltar.
Sem tirar a razão de Janaína, Vanessa respirou fundo e começou a desabotoar os próprios botões. Tirou a roupa, ficando de calcinha e sutiã.
— Agora eu também estou pelada — Pegou o celular de Janaína e entregou a ela. — Você tira uma minha e eu tiro uma sua.
Os olhos de Janaína percorreram as curvas de Vanessa e um sorriso em seu rosto se abriu.
— Eu começo. Vira a bunda para mim!
Vanessa gargalha.
— Eu não posso falar assim com você, mas você pode?
— Você se acostumou com o jeito da Gabriela, eu não.
Vanessa obedeceu, se pôs contra a parede e de costas para Janaína. Empinou o quadril, valorizando sua bunda na foto.
— Agora é sua vez, faz a mesma pose que eu.
— Não é justo.
— Por que não?
— Estou com essa calcinha feia, deixa eu trocar por outra
Janaína usava uma peça branca, com um corte confortável, cobrindo parte do bumbum. Ficava incomodada ao compará-la com a minúscula calcinha de Vanessa. A engenheira já fizera o uso dessas calcinhas um hábito. Vanessa não aceitou, pois Janaína já fizera manhã antes. Pegou-a pelo braço e a conduziu a ficar contra a parede, assim como ela esteve anteriormente.
— Vanessa, essa calcinha enorme não vai ficar legal.
Janaína sentiu os dedos de sua fotógrafa deslizarem pela calcinha, enfiando-a toda na sua bunda. — Vai ficar uma delícia — sussurrou em seu ouvido. Depois, seu quadril foi puxado para trás, ao encontro do de Vanessa e recebeu um tapa na bunda antes dela se afastar e bater a foto.
— Minha vez, agora, O que eu faço?
— Volta para a parede, mesma posição.
Vanessa fez como ela pediu, sem entender o motivo de repetir a posição.
— Agora tire a calcinha.
Janaína se sentia à vontade o bastante para devolver o tapa na bunda de Vanessa enquanto dava sua ordem. Com as mãos nas laterais, a engenheira abaixou sua calcinha lentamente e durante o movimento, um sorriso sapeca brotou em seu rosto. Arriou a peça até o meio das coxas. Janaína bate várias fotos em diferentes posições e depois Vanessa tirou a peça de vez.
— Agora vai você e faz a mesa coisa.
Janaína se pôs contra a parede, mas não empinou o quadril. O que parecia má vontade, a princípio, Vanessa entendia de outra forma. De novo ela ajeitou o corpo de Janaína, puxando o quadril dela para trás. Em seguida, puxou a calcinha dela até o chão, tirando-a totalmente. Foi baixinho, porém ainda audível, o manhoso gemido de Janaína enquanto a peça escorregava por suas coxas. Vanessa tirou fotos de vários ângulos e se aproximou de Janaína por trás, para abraçá-la e lhe mostrar as fotos tiradas.
— Olha como você é gostosa.
— Ficou lindo mesmo. Fico melhor sem aquela calcinha.
— Sua boba. Você fica maravilhosa em qualquer roupa. Se a Gabriela estivesse aqui, iria agarrar você.
— Não é bem na Gabriela me agarrando que estou pensando agora.
Vanessa abriu um sorriso sapeca enquanto Janaína empurrava sutilmente o quadril para trás. A engenheira propõe uma selfie e estica o braço com o telefone. Os dois corpos nus se apertam entre si para caber na foto. Enquanto o braço de Vanessa procura a posição ideal para enquadrá-las, a outra mão desce na cintura para entre as pernas de sua amiga e encontra um rígido grelo. Janaína tem um gemido manhoso, agradável de ouvir. Vanessa tratava como um instrumento musical, onde seus dedos manipulam o clitóris para executar todas as notas possíveis. Janaína passou a rebolar nos dedos de Vanessa enquanto esfregava a bunda no corpo dela. Se entregou totalmente àquela mulher até gozar em seus dedos. Vanessa segurou seu corpo tremido e esperou o espasmo passa para virá-la de frente para si e lhe dar um abraço e beijo carinhosos. As línguas se esfregavam lentamente, assim como as coxas inquietas.
Janaína pegou na mão de Vanessa e a levou para a cama. A pôs de quatro e deslizou os dedos por entre seus lábios. Vanessa apenas gemia. À medida que os dedos melaram, os movimentos se tornavam cada vez mais invasivos, entrando mais e mais até penetrar Vanessa com dois dedos inteiros. O vai e vem de dedos acelerou, provocando em Vanessa gemidos descontrolados. Quando desacelerou, Janaína usou a outra mão para acariciar as costas dela e acertar alguns tapinhas em sua bunda. Da boceta, Janaína levou os dedos ao grelo e Vanessa ao delírio com seus movimentos ora lentos, ora acelerados. Ao sentir o e gemidos da engenheira descontrolados, Janaína segurou seu cabelo e por eles conteve o corpo de Vanessa em seu orgasmo. O corpo de quatro tremia inteiro enquanto os gemidos altos ecoavam por aquela minúscula quitinete. Vanessa deitou de bruços, acabada, com Janaina acariciando suas costas.
Entre beijos, as duas olharam as fotos tiradas e riram muito das selfies, onde Janaína fechava os olhos em expressões de prazer. Passaram o resto da tarde marcando com Gabriela um ensaio em conjunto.

Revolução 19 — Aula prática

Quando em casa, na sua cama, Vanessa pensava ter sido a primeira mulher de Carlos, sorria sozinha. Se sentiu uma verdadeira professora do sexo, ensinando-o a dar prazer a uma mulher e libertando-o de suas próprias amarras. Era a primeira vez se encaixando na fantasia sexual de alguém. Foi uma professora, não apenas no disfarce, mas também, na prática, dando a ele ensinamentos valiosos e conseguiu tirar de dentro daquele rapaz tímido o homem escondido lá dentro.
No dia seguinte ela quis tirar a prova que ter mudado algo de verdade naquele homem ou se seria pontual. Foi até o mercado e procurou por ele. À distância parecia o mesmo rapaz, desengonçado e sem jeito. Quando se aproximou e os dois cruzaram olhares, Vanessa notou uma diferença. Ele não se constrangia com a presença dela. Pelo contrário, a olhava com desejo, percorrendo os olhos por todo o seu corpo. Era, de fato, o homem que a comeu na noite anterior.
— Você quer assistir mais uma aula hoje?
Sorrisos maliciosos eram inéditos em Carlos até então. Ele foi além, em um gesto rápido ele segurou sua cintura e sussurrou brevemente em seu ouvido.
— Minha professora puta vai me ensinar o que hoje?
— Ainda vou pensar no que te ensinar, você ainda tem muita coisa para aprender.
O desejo de beijar Carlos ali mesmo crescia com aqueles sussurros. Quase o fez, se não fosse a intervenção de outro funcionário do mercado.
— Para de namorar e vai trabalhar, rapaz!
Um rapaz negro, magro, usando o mesmo uniforme de Carlos e parecia ser a mesma idade que ele. Sidney, tinha um jeito brincalhão em sua fala, mesmo assim fez Carlos voltar a parecer um rapaz tímido, quase derrubando os produtos de prateleira pelo repentino nervosismo.
— Você assustou o coitado — Brincou Vanessa.
— Ele é assim mesmo, chega perto de mulher bonita e fica todo nervoso.
— Não parecia nervoso antes de você chegar.
— Você não conhece o Carlinhos. Ele não sabe o que é uma mulher até hoje.
Carlos, até então constrangido, se irritou.
— Cala a boca, cara, me deixa trabalhar.
Sidney ria, com o sucesso de ter perturbado seu colega. Quando mais ele perturbava Carlos, mais Vanessa percebia Carlos voltar àquele rapaz tímido e desajeitado. O colega se divertia em constrangê-lo, de uma maneira até certo ponto cruel.
— Carlos, ele está com inveja, não percebe. Ele queria estar conversando comigo, mas é você quem está.
— Verdade, a mulher mais bonita do mercado está falando comigo e não com você. — disse Carlos, provocando um sorriso em Vanessa
— Não adianta nada se ela for a sua tia.
— Tia? — questionou Vanessa, com uma leve indignação.
— Sim, você é ia, ou parente dele. Por isso está conversando com ele. Quando qualquer garota chega perto, ele gagueja porque acha que ela quer namorar e ele fica com medo.
— Sidney, você não tem trabalho para fazer? — perguntou Carlos, irritado.
— O mesmo que você, mas se você pode conversar com a sua tia, eu também posso.
— Eu não sou tia dele e nem sou nada dele. Sou amiga só. Podia muito bem, estar namorando ele, viu?
Sidney gargalhou.
— É isso, então, Carlos? Foge das gatinhas para pegar coroa?
Vanessa não acreditava no quanto aquele rapaz, que nem a conhecia, era debochado.
— Escuta aqui, garoto, está achando que sou velha?
— Com todo o respeito, tia, a senhora já passou do ponto. Se está a fim do Carlinhos, é porque ninguém te quer mais.
Apesar do abuso, não havia agressividade na fala de Sidney. Era tudo um grande deboche. Aquilo a irritou de tal maneira que ela sacou o telefone e abriu uma foto sua de costas, vestindo apenas uma minúscula calcinha, e a mostrou ao rapaz.
— Se você acha que isso aqui é “passado do ponto”, não sabe o que é mulher. Um menininho como você não ia aguentar cinco minutos comigo na cama.
Sidney arregalava os olhos, sem saber o que dizer.
— Só para você saber, o Carlos aguenta o tempo que ele quiser.
Vanessa se aproveitou da falta de resposta de Sidney e o desmoralizou de vez, dando um selinho em Carlos antes de se despedir. Foi embora se sentindo poderosa, deixando os dois rapazes perplexos. Em dias tão tumultuados, pequenos momentos de vitória como esses faziam seu dia valer a pena. A encenação de professora com Carlos havia lhe dado ideias e, com menos obras em curso, passou a tarde fazendo um ensaio temático com Gabriela. Ensaios do tipo vendiam muito e ajudavam a compensar as obras perdidas. A fotógrafa se mostrava uma aliada valiosa, sempre arrumando tempo em sua agenda agitada. No fundo, se sentia culpada por não a ter alertado o suficiente. Com o fim do ensaio, Vanessa lhe deu carona até sua casa.
— Gabriela, obrigado por me arrumar tempo, viu?
— Que isso! Fiquei arrasada o que aconteceu. Eu te disse que você não me ouviu, mas, na verdade, nada disso é culpa sua. Deve estar sendo bem difícil.
— Os primeiros dias foram horríveis, mas estou me acostumando. Quer saber, me sinto até mais leve por não ter que esconder nada de ninguém. Quem quiser me evitar, que evite. Não preciso dessas pessoas para nada.
— Amiga, eu preciso te avisar mais uma vez. Os problemas não param por porque todos ficam sabendo de uma vez só. Tome muito cuidado com quem se aproxima de você, pois agora que está conhecida, muita gente aparece apenas para tirar uma casquina.
— Obrigado, Gabriela, mas sei me cuidar.
— Sei que sim, mas seria bom você conversar coma Janaína um dia. Uma troca de experiências faria bem a vocês duas.
Ao dirigir para a sua casa, Vanessa se perguntava se o conselho de Gabriela valia para Carlos. O rapaz, apesar de um repentino amadurecimento na primeira noite, voltou a demonstrar suas fragilidades na frente de Sidney. Era inseguro demais para ser alguém tentando enganá-la e ela mesma não via muito futuro. Sua fantasia era justamente transformá-lo em um homem mais experiente e não pensava em relacionamentos naquele momento. Queria se divertir com sua fantasia de professora.
Nessa noite ela iria um pouco além dos trajes clichês de professora. Dessa vez calçou meias, sete oitavos preta e uma cinta liga. Um conjunto preto de calcinha e sutiã rendados criariam um visual arrebatador sob o curto vestido transpassado. Fez todo o caminho da fábrica até chegar na antiga sala de treinamento dos funcionários, imaginando o tempo em que esperaria a chegada do Carlos. Para a sua surpresa, ele já estava lá e não estava sozinho.
— Oi, tia. Boa noite!
Enquanto Carlos usava o mesmo conjunto de camisa e calça da noite anterior, Sidney se vestia de maneira oposta, bem informal. Um bermudão jeans e uma camisa marrom, com um boné da mesma cor, virado para trás.
— O que ele está fazendo aqui?
Carlos deu os ombros.
— Ele me seguiu, não. Só percebi quando cheguei.
— Poxa, tia, você me mostra uma foto daquela, me desafia daquele jeito e quer que eu esqueça? Não senhora, quero mostrar que dou conta da tia.
Vanessa estava especialmente gostosa naquele dia. Tirar fotos com Gabriela sempre a excitava muito e isso se refletia na roupa ainda mais provocante. Já estava melada de pensar no que faria com Carlos e então tinha aquele rapaz na sua frente, cheio de desejos por ela e sem saber como pedir. Seu “aluno” retrocedera à forma mais tímida e introvertida devido à atitude de Sidney e estava bem desconfortável. O jeito abusado do garoto também a incomodava por afrontá-la, principalmente por achar que teria algo dela por mera insistência. Vanessa cogitou ir embora terminar a noite ali. Seria a resposta mais lógica, mas Vanessa abandonou a lógica em suas decisões há muito tempo. Ver Carlos quieto a incomodava, pois parecia que a noite anterior não existiu ou teve efeito algum. Se aquela introspecção era fruto de intimidação e Sidney, então talvez fosse interessante a presença dele ali. Além disso, Sidney a devorava com os olhos e Vanessa não sabia se comportar racionalmente com aquele tipo de olhar.
— Meu bem, vem cá.
Carlos, sem jeito, se levantou e foi até Vanessa. A abraçou reticente e recebeu seu beijo, hesitoso. Sidney, sentado em sua cadeira, ria do desempeno do colega.
— Tia, quando você me beijar, vai lembrar o que é homem de verdade.
Vanessa ignorou o deboche e sussurrou no ouvido de Carlos.
— Tenho uma fantasia, sabe qual é? Ser comida com plateia. Minha boceta está molhada só de pensar que esse menino ficará bobo vendo você me comer.
— Não sei….
— Sabe sim. Me comeu tão gostoso ontem, eu vim aqui querendo mais, querendo ser sua puta de novo. Você vai me comer, não vai?
A provocação de Vanessa surtiu efeito e as mãos de Carlos se apossaram da sua bunda. O beijo se tornou intenso, com línguas inquietas se explorando mutuamente. O Carlos da noite anterior havia acordado e estava ainda mais afoito, pois suas mãos logo subiram o vestido de Vanessa.
— Tia, bem que você falou que era gostosa, hein.
Sidney foi o primeiro a olhar a bunda de Vanessa e sua lingerie, mas era totalmente ignorado pelos dois. Acostumado a sempre ser o centro das atenções pelo seu jeito irreverente, estava perturbado naquele momento. A cena em sua frente era extremamente provocante, pois o desejo entre os dois era palpável. Os dedos de Carlos afundaram na bunda de Vanessa, tamanha a firmeza com que apertava. Os gemidos dela, abafados pelo beijo, soavam como uma sinfonia afrodisíaca. O pau de Sidney quase explodia nas calças ao ver aquela mulher deliciosa se derreter no beijo de Carlos. Ele chegou ao limite.
Não aguentava mais apenas olhar, se levantou e foi desesperadamente agarrá-la por trás. A abraçou, esfregando seu quadril na bunda dela, como se fosse um animal enquanto explorava o pescoço dela com os lábios. Por m segundo, Vanessa cogitou colocar Sidney no seu lugar para apenas assistir, mas aquele volume duro contra a sua bunda a fez mudar de ideias.
As mãos de Sidney seguiam inquietas, apalpando os seios de Vanessa e deslizando por onde conseguissem. Os apertos desesperados desfizeram o laço do vestido transpassado. Vanessa apenas sorriu e o deixou cair de vez, para delírio dos rapazes.
— Vamos ver quem passa na prova oral.
Se pôs de joelho e a abriu a calça de Carlos enquanto Sidney abria sua bermuda desesperadamente para libertar seu pau e se aliviar daquela pressão. Se masturbava, olhando Vanessa lamber lentamente o pau de Carlos antes de engoli-lo. Fez um lento vai e vem e depois trocou pelo membro de Sidney. O rapaz gemeu alto no primeiro toque nos lábios. Ela mamou o rapaz devagar, deslizando a boca da cabeça até a base, pressionando levemente os lábios contra a rola. Ao perceber os gemidos desesperados do rapaz, Vanessa tirou o pau da boca e fez Sidney esporrar ta a sua porra no chão.
— Disse cinco minutos. Não durou nem dois.
Sem força nas pernas, Sidney se ajoelhou. Do chão, Viu Vanessa engatinhar alguns metros e ficar de quadro com a bunda virada para Carlos. Arriou a calcinha.
— Já você, amor, passou na prova. Pode pegar tem prêmio.
Carlos, sem nenhuma hesitação, se pôs atrás dela, deslizou seu pau lentamente em sua vagina. Vanessa olhou para Sidney no chão e gemeu alto, durante o lento momento em que foi penetrada. Seus gemidos voltaram ao normal quando o cabelo foi puxado e seu quadril golpeado pela pelve de Carlos.
— Aprende como se come mulher, mané! — Provocou Carlos.
— Isso Carlos, mete na minha boceta!
Carlos surpreendentemente estava ainda mais solto. Após se intimidar com Sidney, havia se libertado mais uma vez, assumindo o domínio da situação, e de Vanessa. Fodia-a a chamando de todos os nomes e o tapas na bunda vinham seguidas de ordens, como mandar ela rebolar de quatro no seu pau. Carlos parecia uma máquina de meter, comendo Vanessa sem parar. Enquanto isso, Sidney se masturbava desesperado para recuperar sua ereção. Na sua ansiedade, balançava o quadril como se fodesse a própria mão, imitando os movimentos de Carlos. Isso em algum momento surtiu efeito, chamando a atenção de Vanessa.
— Está de pau duro de novo? Então deita aí.
Bastou o olhar dela para Carlos interromper seus movimentos. Vanessa foi até Sidney, ainda sentado.
— Deita!
O tom surpreendentemente imponente de Vanessa assustou o rapaz que prontamente se deitou. Vanessa montou sobre ele e guiou o pau na direção da sua boceta. Desceu seu quadril lentamente, engolindo aquele falo. Sidney se contorceu de prazer e Vanessa gemeu alto.
Apoiada com as mãos no peito de Sidney, Vanessa rebolou com a rola dura dentro de si. Rebolava e quicava sobre Sidney, buscando se aproveitar daquele pau o máximo possível. Carlos, de pé, oferecia seu membro para ser chupado e Vanessa não negava. Após se divertir com Sidney, se debruçou sobre ele, empinando levemente o quadril enquanto olhava para Carlos por sobre os ombros.
— Agora come o meu cu.
Carlos não titubeou, se pôs atrás de Vanessa empurrando seu pau, lentamente entre suas pregas. Vanessa pedia cautela e ele obedecia, empurrando sua rola sem dificuldades.
— Que delícia, dois me comendo!
Com o pau de Sidney na boceta e o de Carlos no cu, Vanessa gemia descontrolada. Sidney permanecia imóvel, mas Carlos mexia atrás dela discretamente, comendo o seu cu.
— Carlos, que delícia você no meu cu!
— Minha putinha tem o cuzinho apertado.
— Você vai arregaçá-lo, não vai?
— Vou estourar o seu rabo, sua puta.
Ignorado pelo casal, Sidney apenas assistia o diálogo safado sem acreditar que aquele homem era Carlos, o mesmo rapaz tímido do trabalho. De todas as meninas que se derretiam com seu charme, nenhuma delas despertou tanto desejo quanto Vanessa. Carlos a dominava completamente. Seu pau se mantinha duro ao ouvir o diálogo dos dois e percebê-los cada vez mais excitados enquanto falavam. Viu a expressão de prazer de Vanessa em seu gozo, tremendo o quando os dois corpos em sua volta permitiam e logo depois ouviu o urro de Carlos. Nunca ouvir aquele rapaz gritar daquela forma.
Os dois permaneceram juntos por alguns segundos até se levantarem. Sidney continuou sendo ignorado e tinha seu pau novamente flácido quando Vanessa se levantou. Ficou ali, quieto, nu, assistindo os dois se vestirem para irem embora. Permaneceu flácido, sem gozar e sem receber atenção de ninguém.

Revolução 18 — Queda e renascimento

Mesmo após consertar o azulejo do banheiro, Antônio não saiu daquela casa. Passou a tarde e noite inteiros comendo Vanessa. A engenheira enlouquecia em sua língua e a pegada firme sem muita brutalidade. Dava o rabo para ele com gosto, se ajoelhando sobre o sofá ou à beira da cama, abrindo a bunda para receber a língua deliciosa e depois ser fodida.
— Você foi feito para comer o meu cu. — dizia Vanessa, enquanto enrabada.
Apesar do fogo dos dois, o dia a dia na obra era normal. Ou quase, pois as divergências que ainda existiam, eram resolvidas no diálogo. Não havia mais brigas, para o espanto dos demais trabalhadores. Trabalhavam juntos durante o dia e fodiam gostoso a noite. Vanessa sentia ter encontrado um parceiro incrível. Um amante perfeito que fazia tudo do jeito que ela gostava. Isso a deixava em dúvidas se deveria contar ele sobre suas atividades na internet. A cada pessoa nova sabendo de sua página, aumentava o risco de virar uma fofoca e mais pessoas na cidade saberem. Também não sabia como Antônio reagiria. Tinha medo de ser julgada por ele.
Quando Antônio tirou duas semanas de férias, parecia o tempo ideal para pensar. Enquanto isso, precisava se dedicar mais aquela obra para suprir a falta de Antônio. Os peões ajudavam, sendo sempre muito solícitos, ainda que precisassem de algumas broncas dela. Tudo ia bem, até Otávio aparecer na obra.
Com uma expressão de poucos amigos, o proprietário chegou no local aos gritos, chamando por Vanessa. A engenheira que estava no andar de cima, desceu as escadas correndo para ver por que aquele homem gritava tanto. Otávio a cobrava, grosseiramente, o avanço da obra que estaria atrasada. Quando Vanessa discordou, afirmando a obra estar no prazo, ele a ofendeu, chamou-a de piranha e a acusou de fazer “putaria na obra”. A engenheira não conseguia responder, com medo dele expor o momento dos dois ali. Ele fez pior, exibindo em seu celular a foto dela nua naquela mesma obra. Envergonhada e sem reação, Vanessa foi defendida por Wanderley, que o confrontou.
Enquanto os dois discutiam, muito próximos de começar uma briga, a vergonha e humilhação de Vanessa se converteram em ódio, descarregado em um soco no rosto de Otávio
— Escuta aqui, seu filho da puta. Você me respeite! Se não quer mais que eu trabalhe para você, tudo bem. Vou embora e você que se foda para arrumar alguém para terminar essa casa.
Nem nos dias mais difíceis aqueles peões viram Vanessa se expressar daquela forma. Era vista como uma engenheira muito dura, mas nunca a ponto de xingar ninguém. Havia muito mais do que mera revolta naquelas palavras.
Com o nariz sangrando e o orgulho ferido, Otávio deu um passo em direção a Vanessa para revidar, mas desistiu quando percebeu que, além de Wanderley, todos os trabalhadores o cercavam. Teve que engolir a frustração e a mão pesada da engenheira e voltar para casa. Vanessa, não disse uma palavra e foi para o seu carro. Wanderley e os demais trabalhadores ficaram sem saber o que fazer.
Bastou fechar a porta do carro e sair do lugar, Vanessa foi as lágrimas. Seu maior pesadelo havia sido realizado, cruelmente. Dirigiu até sua casa e lá ficou o resto do dia. Chorou de vez no chuveiro e o resto do tempo passou jogada na cama. Passou horas olhando para o teto, processando a agonia que sentia. Com o tempo, vieram as ligações. Agatha pedia perdão pelas atitudes de Otávio. Mara e Roberta procuravam saber como estava. Gisele e Daniela reportavam, horrorizadas, as fofocas ouvidas. Gabriela a lembrava de tê-la avisado dos riscos de mostrar suas fotos a terceiros. No seu telefone chegavam vídeos dela transando com Otávio. Em sua página na internet, onde vendia suas fotos, a quantidade de comentários não parava de crescer. Todos a chamavam pelo seu nome verdadeiro. Sua vida se tornava um inferno.
Precisou de alguns dias escondida do mundo para sair e sentir na pele os efeitos da exposição. Sentia-se perseguida, vigiada. Qualquer par de pessoas comentando ou risos pareciam ser direcionados a ela. Vanessa se sentia julgada por onde fosse, sem ter certeza de estarem falando realmente dela. Ir ao mercado fazer compras parecia aumentar a tortura. De repente, todos os olhares eram direcionados a ela. Os poucos olhares desejosos, que antes a excitariam, se tornaram muitos e extremamente invasivos. Entrar em lugares fechados a deixava nervosa e dificilmente conseguia comprar tudo o que queria em um supermercado. Seu desespero por sumir virou sua necessidade principal.
Apesar disso, Vanessa tinha outras obras e precisava trabalhar. A foto sensual na obra fez mal a sua reputação profissional e algumas obras foram perdidas. As que continuaram, tinham o problema de assédio de clientes e às vezes de peões. A vontade era de sumir, sair da cidade e largar todos os trabalhos, mas fugir nunca foi uma escolha para ela.
Em poucos dias ela deixou de ser o assunto principal da cidade, embora ainda fosse reconhecida. Além disso, nem todas as fofocas eram negativas. O nariz quebrado de Otávio também se espalhou pela cidade e Vanessa percebeu que subir o tom de voz começou a assustar os homens mais do que antes. Os assédios na rua diminuíram, embora os on-line continuavam. A vida não ficou mais fácil, mas o pior parecia ter passado.
Aos poucos, Vanessa tentou fazer seu dia a dia ter alguma normalidade. Voltou a trabalhar normalmente e assumir o controle de sua rotina. Ainda tinha Antônio. O Mestre de Obras estava incomunicável em suas férias e ela não sabia se ele tinha ciência de todo o acontecido. Mandou para ele uma longa e melancólica mensagem, explicando tudo o que aconteceu. O tom de despedida era inevitável, pois tinha certeza de que depois de tudo isso, ele não ia querer mais vê-la. Foram momentos incríveis, mas acabou.
Ela continuou com sua página na internet. Um efeito curioso de toda essa história foi um número ainda maior de assinantes. Pelo menos ajudaria a compensar algumas obras perdidas. Fez alguns ensaios com Gabriela e pôs um preço alto por eles. Vendeu tão fácil que se arrependeu de não ter vendido mais caro. Estranhava porque a mesma cidade que a julgava por suas fotos eróticas era a mesma que fazia questão de pagar tão caro para comprá-las. Nem ela e nem Gabriela tinha a resposta. A fotógrafa brincava dizendo valer mais a pena passar o tempo contando dinheiro do que pensando sobre isso.
Com tantos assinantes, tinha um novo que chamava sua atenção. Alguém fazia questão de comprar todos os packs de fotos, independente do preço, sempre muito elogioso e demonstrando uma educação acima da média dos tarados habituais. Com tanta agressividade em redes sociais, Vanessa se sentia em paz quando trocava mensagens com ele. Aos poucos o conheceu melhor. Se chamava Carlos, era um jovem de dezenove anos que trabalhava no mercado no centro da cidade enquanto estudava para fazer vestibular. Dizia ser muito tímido, a ponto de não ter conseguido perder a virgindade ainda.
Era difícil para ela acreditar haver meninos virgens já nessa idade. O provocou, pedindo fotos do seu rosto. Pela aparência, era magro, com olhos castanhos e uma barba rala que não fechava no rosto. Tinha o cabelo loiro, mas bem baixo. Ela elogiou o rapaz, dizendo que ele podia ficar mais bonito se fizesse a barba. Mandou uma foto dela, nua, para deixá-lo feliz antes de se despedir e dormir.
De posse da foto do rapaz, ela foi ao mercado no dia seguinte. Curiosa em encontrar Carlos, já não se importava com os olhares recebidos. Usava um vestido curto amarelo com estampas de formas geométricas, sensual o bastante para provocar todos aqueles olhares. Deu algumas voltas pelo mercado, fingindo estar comprando coisa quando encontrou Carlos, arrumando caixa de leite na prateleira.
Ela sussurrou o nome dele, mas precisou subir o tom de voz até ele perceber ser com ele a conversa. De início, ele não a reconheceu e então ela se apresentou. A partir daí Carlos começou a gaguejar devido ao nervosismo. Foi uma conversa rápida para não atrapalhar o trabalho dele, breve o bastante para ela perceber o quão tímido o rapaz era e ter certeza de ele ser virgem como dizia ser.
Carlos provocava em Vanessa um misto de sentimentos. Achava fofo como ele comprava todas as suas fotos, mesmo sem saber do rosto dela. Com as fofocas na cidade todos deveria ter tido acesso à imagem do seu rosto de alguma forma, mas ele não. A timidez e a virgindade dele também a excitavam e provocavam nela a fantasia de quebrar a inocência dele. Havia um homem safado escondido atrás daquela aparência de menino assustado e Vanessa queria encontrá-lo.
A noite, ela conversava com ele, procurando conhecer mais do rapaz e descobrir as fantasias dele e de dia, fazia breves visitas no mercado para ele se acostumar com ela. Funcionou, em poucos dias ele já conversava com ela sem gaguejar, até mesmo elogiando-a. Carlos se sentia mais e mais à vontade para assumir suas fantasias. Contou sobre uma professora, por quem era apaixonado na escola. Ele a descrevia de uma forma que até mesmo Vanessa ficava com inveja. Ela então o provocou, perguntando o que ele faria com ela e a cada resposta dele, ela o provocava mais. Vanessa gozou conversando com o rapaz e, segundo ele, havia gozado de volta. Aquilo não era o bastante para ela. Queria prová-lo de verdade, desvirginá-lo. Marcar um encontro com ele não foi nada difícil.
Carlos andava apressado pela rua a noite. Usava uma calça jeans e uma camisa social e um sapato, conjunto que só usava em eventos especiais. Havia feito a barba a pedido de Vanessa e comprado um perfume recomendado por ela. Estranhava um pouco o encontro ser em uma fábrica abandonada, mas estava eufórico demais para ter medo. Quando se aproximou do local, viu um carro na entrada e seu coração acelerou, assim como seus passos. Vanessa não pediu a ele para encontrá-la na entrada. Havia todo um caminho sinuoso no qual ele se perdeu algumas vezes. Cruzou galpões com maquinários velhos, salas administrativas, oficinas e os mais diversos ambientes e corredores até finalmente achar o local certo. De um lado, várias fileiras de cadeiras e do outro, um tablado, uma mesa e um quadro negro. Encostada no quadro negro, com os braços cruzados, Vanessa vestia uma camisa social azul, com generoso decote formado pelos botões abertos, e uma saia justa, preta. Usava um óculos com lentes falsas e amarrava o cabelo em um coque.
— Boa noite, Carlos. Hoje serei a sua professora.
Boquiaberto, Carlos não se movia até Vanessa convidá-lo a se sentar. Estava impressionado com o quanto ela parecia com sua professora do ensino médio. O sorriso dele enquanto se sentava não lhe cabia no rosto.
— Não sabia que tinha sala de aula aqui.
— Davam cursos de capacitação aos funcionários.
— Você vai me dar aula de quê?
— De coisas que você precisa aprender.
Vanessa caminhou até a cadeira onde Carlos estava e pediu para ele se levantar.
— Me diz, Carlos, o que você quer fazer comigo?
Carlos corou, sem conseguir responder.
— Pode falar, a gente já conversou sobre isso antes.
— Então você já sabe o que eu quero.
A respiração ofegante de Carlos transparecia a pressão sentida por ele. Vanessa então envolveu seus braços no pescoço dele, se aproximando ainda mais.
— Não precisa ficar nervoso, meu amor. Você é um homem, mas ainda parece um menino.
Carlos respirava fundo, tentando controlar o nervosismo. Olhando nos olhos dele, Vanessa se aproximou mais até unir os lábios. Percebia a falta de jeito do rapaz e o provocou, passeando a língua pelos lábios dele, até entrar em sua boca. Buscou a língua dele com a sua até acordá-la. Carlos começava a reagir, ao carinho delicioso de Vanessa, chupando a língua de sua professora. Vanessa segurou as mãos dele, repousadas em sua cintura, e as levou para a bunda.
— Mostra que você me quer e me aperta com vontade.
As mãos apertaram sua bunda imediatamente. Apesar de timidez, Carlos aprendia rápido e explorava a boca de Vanessa com desenvoltura. As mãos firmes, além de apertá-la, a puxavam contra ele. O homem que ela queria tirar de Carlos, começava a aparecer.
— Muito bem! Se saiu bem no primeiro exercício com a língua. Tenho uma segunda tarefa para você.
Vanessa se sentou em uma cadeira e suspendeu a saia. Puxou a calcinha branca para o lado, exibindo a boceta.
— Quero outro beijo. Agora, aqui.
A respiração dele volta a ficar ofegante. Se ajoelhou enquanto Vanessa abria mais as pernas. Carlos distribuía beijos e passeava com a língua com cuidado. Um cuidado excessivo.
— Meu amor, olha aqui. Precisa me chupar com mais vontade. Pensa que é uma manga ou alguma fruta bem gostosa e mete essa língua em mim.
Carlos entendeu o recado e fez carinhos mais incisivos. Entre os primeiros gemidos, Vanessa o orientava sobre como uma língua dava mais prazer. Logo percebeu Carlos bem à vontade, chupando-a com desejo e a penetrando com a língua. Tinha um sorriso safado no rosto enquanto se contorcia na cadeira. Ensinou-o a estimular o clitóris e em troca gozou na boca do rapaz.
Vanessa deu um beijo longo e carinhoso em Carlos, provando do próprio gosto. Abria os botões da camisa dele, sem deixar os lábios desgrudarem. O beijo só terminou quando o cinto e os botões da calça foram abertos.
— Você tirou nota dez! Agora terá a sua recompensa.
Se ajoelhando na frente de Carlos, Vanessa puxou a calça e a cueca, fazendo o pau sair duro. Vanessa segurou o pau delicadamente, olhando o apara com um sorriso lascivo. Lambeu aquele pau inteiro, fazendo Carlos tremer para depois engoli-lo lentamente. Ele gemia descontrolado, enquanto Vanessa ia e voltava com seus lábios carnudos por toda a extensão daquele falo. Brincava de deixá-lo a ponto de gozar e parar em seguida. Lambia o saco para provocá-lo e voltava a chupar. Não queria o gozo dele ali de forma alguma e se levantou para beijá-lo mais uma vez.
— Carlos, meu amor, você quer me comer, não quer?
Carlos assentiu com a cabeça.
— Lembre-se das coisas que você falou comigo na internet, de tudo o que você me chamou, tudo que descreveu. Hoje sou toda sua, sou o que você quiser.
Vanessa lhe deu mais um beijo e Carlos tomou a iniciativa de tirar a sua camisa e o sutiã em seguida. Aquele rapaz sem jeito de repente se tornou um homem cheio de atitudes, virando Vanessa contra a mesa, virilmente. A saia deslizou para baixo, expondo seu quadril e a calcinha branca, fio dental. Um tapa firme nas nádegas mostrava que Carlos tinha mais força do que aparentava ter.
— Gostou da minha bunda, é? Quer bater nela? Me bate mais!
Carlos de mais tapas, arrancando gemidos Vanessa. Arrancou a calcinha dela com um puxão e penetrou sua boceta de uma vez só. A imagem de Vanessa debruçada sobre a mesa com a bunda virada para ele parecia tê-lo deixado possuído. A falta de jeito e a timidez haviam ficado totalmente para trás. Carlos a segurava pelo cabelo, desfazendo se coque e mexia seu quadril com força.
— Ai, amor, você está me comendo tão gostoso.
— É assim que você gosta?
— Sim. Também gosto de outra coisa, sabe o que é?
— Eu sei, sua piranha. Gosta que eu te chame de puta enquanto meto a rola em você.
— Isso, gostoso. Come a sua puta!
Vanessa conseguiu. Tirou de dentro de Carlos outro homem, seguro e sexualmente intenso. Os golpes dos quadris dele contra a sua bunda pareciam nunca terminar, dada a jovialidade do rapaz. Depois de muito meter, Carlos gozou, empurrando seu pau inteiro em Vanessa com força, a ponto de deslocar a mesa. O próprio a virou para si depois, puxando para mais um intenso beijo, cheio de mãos invasivas e curiosas. Carlos renascia como um novo homem.

Revolução 17 — Úmidos

A vida sexual de Vanessa estava mais agitada do que nunca. Quando não era a putinha de Otávio e Agatha, assumia o papel de senhora de Amanda. Se via com a inédita tarefa de organizar uma agenda de encontros com seus amantes. Com tantas solicitações, se sentia vivendo em função dos desejos alheios. Quando se percebeu em situação semelhante a outras mulheres, ávidas em realizar os desejos dos outros e não os dela, quis dar um tempo. Era chato dizer a pessoas que tanto gosta sua vontade em ficara sozinha, principalmente ao sentir o descontentamento delas. Otávio, o mais indignado, passou a frequentar mais as obras, sempre com as mãos na cintura dela, às vezes descendo à bunda. Os toques e gestos abusados no meio da obra passaram a incomodá-la, pois não havia mais jogos entre os dois., respondeu a ele de forma ríspida, na frente dos peões. Constrangido, Otávio abandonou a obra e ficou um tempo sem aparecer. Aquilo não ficaria impune.
Apesar do stress, Vanessa sentia o gosto da liberdade, tão falada por Mara. Acreditava finalmente se definir como uma mulher bem resolvida, capaz de realizar seus desejos e não se prender a relações quando se tornam tóxicas. Podia escolher ficar sozinha, se dedicar mais a si mesma e a sua página na internet, onde é adorada por seus seguidores. Optando pela solitude, podia voltar a aproveitar melhor os pequenos prazeres da vida, como um banho quente. Se banhando sem pressa para sair ou receber alguém, podia deixar a água cair tranquilamente e aquecer o seu corpo. Era um momento de reflexão, ou pelo menos seria, se não houvesse azulejos soltando da parede.
Estufamento de azulejos, assim como qualquer patologia em edifício, a deixava profundamente perturbada. Terminou o banho o mais rápido possível e ficou ali, nua, analisando as peças meio soltas e às vezes tentando arrancá-las com as mãos. O incômodo e a vontade de resolver logo deram espaço a cautela. Era engenheira, mas não pedreira e não saberia fazer aquilo. Precisava contratar alguém para fazer esse serviço.
Vanessa tocava algumas obras e tinha em mente alguns para executar o serviço. Sua imaginação maliciosa pensou logo em Wanderley e quem sabe aproveitar a oportunidade para testarem o chuveiro juntos. Era uma ideia deliciosa, mas não tinha certeza de ele era bom naquele serviço. Cogitou perguntar a Antônio, mas tinha receios. Os atritos entre os dois eram comuns e ela não sabia se ele responderia com boa vontade. Em obra, Antônio era uma pessoa bruta, bem grosseira no jeito de tratar seus funcionários. Ela mesma não era muito diferente.
No dia anterior, havia dado uma bronca em Antônio pelo atraso no serviço dos pisos. O mestre chamou os peões encarregados na hora e transferiu a bronca para eles e só depois os dois explicaram o atraso pela demora na compra de alguns materiais. A responsável era justamente Vanessa. A discussão entre os dois foi quente, a ponto de os trabalhadores pararem para assistir e só terminou com Vanessa impondo o término do serviço logo, independente de quem fosse o responsável pelo atraso.
Foi uma surpresa para ela encontrá-lo de bom humor. Nem mesmo Vanessa, com quem havia discutido na manhã anterior, atrapalhava sua alegria.
— Antônio, não vim brigar hoje não. Na verdade, queria pedir desculpas por ontem. Eu me excedi e não tinha razão.
Antônio Franziu o cenho, surpreso. Era acostumado a ouvir ordens de Vanessa e às vezes alguns gritos. Para ele, era natural, como se fosse o “idioma” oficioso daquele ambiente de trabalho. Um pedido de desculpas era realmente novidade.
— Que isso, Vanessa. Isso faz parte do trabalho, sempre fez.
A serenidade dele a impressionava. Parecia, então, um dia perfeito para fazer um pedido.
— Posso pedir sua opinião? Os azulejos do boxe lá de casa estão descolando. Queria alguém para fazer o serviço. Pensei no Wanderley, será que ele faz isso para mim?
Antônio a olhou com uma expressão de estranhamento.
— Wanderley? Ele não serve para isso não. Se quiser faço para a senhora.
— Não conhece ninguém que possa fazer.
— Os que conheço só trabalham bem comigo perto, vigiando. É melhor me contratar logo.
Por mais frustrante que fosse não incluir nenhuma brincadeira sexual com Wanderley, o mais importante era consertar o seu banheiro. Antônio dizia ter fama de um excelente azulejista quando mais novo. Aquele homem de braços fortes e mãos brutas, não demonstrava talento para serviços delicados, mas falava com tamanha confiança que Vanessa topou. Combinaram o valor e o dia, cabendo a Vanessa comprar os azulejos para a substituição.
Combinaram o dia, mas não o horário. O toque do celular acordou Vanessa, a despertando de um sono profundo. Apenas de calcinha, ela atendeu o telefone sonolenta e levou um tempo até compreender que Antônio estava na sua porta, esperando ser recebido. Quando de fato acordou, olhou em sua volta e viu uma variedade de lingeries e brinquedos eróticos espalhados. Catou todos os itens às pressas e os jogou no armário. Pegou a primeira blusa branca que viu e um short jeans para descer as escadas correndo.
Recebeu Antônio constrangida, pedindo desculpas por estar dormindo quando ele chegava para trabalhar. Para sorte dela, Antônio ainda esbanjava seu bom humor.
— Eu entendo. A noite deve ter sido boa.
— Que nada. Não saí. Fiquei em casa mesmo, mas dormi tarde.
— Uma mulher bonita dessas fica sozinha em casa na sexta à noite? Tem algo errado.
O jeito brincalhão de Antônio, era inesperado, assim como o elogio. O mestre de obras tinha por característica principal seu jeito bronco. Fora os excessos em algumas discussões, não se permitia qualquer liberdade ao conversar com Vanessa no trabalho. Aliás, a relação entre os dois era cheia de discussões e não de brincadeiras. Vanessa gostava daquele Antônio brincalhão. Tinha um sorriso charmoso, normalmente escondido na expressão fechada do dia a dia.
— Você pelo visto também não aproveitou a noite. Pela hora que veio.
— Fiquei em casa mesmo. Mas semana que vem será diferente.
Havia um clima leve entre os dois, bem diferente do normalmente visto na obra. Vanessa o levou até seu quarto e mostrou a parede com os azulejos descolando.
— Isso deve ser rápido. Preciso quebrar e retirar alguns e coloco os novos.
— Preciso fechar o registro?
— Não. Não mexerei com a hidráulica.
Antônio pega um punhado de xampus e cremes no nicho.
— É melhor você levar essas coisas, porque vou levantar poeira aqui.
Como ele já estava no boxe, passou os frascos para ela. Deixou por último um vibrador, que teria ficado por ali.
— Eu tinha razão, a noite foi boa mesmo!
Vanessa sorriu, um pouco constrangida.
— Estou divorciada, mas não morta!
Os dois riram e Vanessa guardou tudo que tinha no boxe. Antes dele trabalhar, ela o convidou para tomar café, pois ela havia acabado de acordar. Antônio se sentou na banqueta junto a divisão da sala com a cozinha, onde Vanessa podia conversar com ele enquanto preparava o café. Sabia do quanto aquele short era justo, mas percebia olhares muito discretos dele. Mesmo suas brincadeiras não eram indiscretas. Até quando brincava com relação ao vibrador, não era grosseiro. Aquele homem bronco se mostrava de certa forma um cavalheiro, mas não demais. Os dois tomaram café juntos na bancada.
— Eu queria saber por que você não é divertido assim na obra. Lá você vive de cara feia, briga com todo mundo.
— Falo o mesmo de você. Quando chega na obra, todo mundo fica quieto. Ainda assim, briga com a gente, mesmo quando a culpa é sua.
Vanessa ri.
— Eu já pedi desculpas por isso.
O sorriso de Antônio se desmancha em uma expressão séria.
— Sabe, Vanessa. A gente trabalha com a mão de obra disponível. Nem todo mundo é disciplinado e quando a obra atrasa, para cima de mim que você vem. Já fui bonzinho em outras obras e isso não funciona. Precisamos ser duros, não tem jeito. Você sabe como é.
— Sim, eu entendo. Meu cliente tem visitado mais a obra e não costumava fazer isso antes. Sempre me sinto pressionada quando ele vai lá.
Antônio voltou a sorrir.
— Com o jeito que ele olha para você, não precisa se preocupar.
Pela primeira vez, Vanessa sentiu que o caso dela com Otávio poderia ser notado na obra. Seu rosto corou e ela sorriu constrangida.
— Não fala uma coisa dessas. Ele é meu cliente. Casado, ainda por cima.
— Estou brincando. Vi como falou com ele outro dia. Não gosto dele, tem um jeito abusado. Se você não desse um basta, eu falaria.
— Você ia me defender, Antônio?
— Claro! Não gosto de homem abusado com mulher.
— Ia me defender antes ou após brigar comigo?
Antônio ri.
— No fim das contas, estamos no mesmo time. A gente se defende a qualquer hora. Depois briga de novo!
Com esse clima leve, de brincadeiras mútuas, que Antônio começou seus trabalhos. Vanessa olhava do lado de fora do boxe o trabalho com marreta e talhadeira. Aquele homem tinha um equilíbrio perfeito entre força e jeito para cada peça sem quebrar as demais em volta. Os sons das batidas reverberaram pelo banheiro, junto coma respiração pesada de Antônio. Os golpes eram pausados, feitos com muito cuidado. A história, contada a Vanessa, sobre ele ser bom em trabalhos delicados se confirmava. A engenheira se admirava com a habilidade dele, até o momento em que errou a força do golpe e acertou o cano do chuveiro.
Com água espirrando para todo o lado, Vanessa correu para dentro do quarto e voltou com uma banqueta. No boxe apertado, Antônio tentava em vão cobrir o furo com o dedo enquanto Vanessa se espremia ao passar por trás dele, com a banqueta na mão. Subiu, alcançou o registro e o fechou.
Vanessa e Antônio estavam ensopados. Suas blusas parecia quase transparentes, de tão molhadas. A engenheira olhou para ele e viu a definição dos músculos pela camisa colada ao corpo. Pela primeira vez havia reparado no físico privilegiado. Os olhos passeavam pelo abdômen, tórax, percorrendo pelos ombros até lhe olhar no rosto e perceber os olhos dele perdido em seus seios molhados sob a blusa encharcada. Se lembrou de estar no mesmo estado que ele e olhou para os seios e viu as auréolas aparecendo sob a blusa encharcada. Antônio se virou imediatamente.
— Vou pegar algo para vedar esse cano. É bom você se enxugar.
Enquanto Antônio descia para pegar algo para vedar o cano, Vanessa permanecia ali, mordendo os lábios. Quando ele voltou, ela saiu do box, seguindo para o armário procurar uma toalha. Ao voltar, viu Antônio aplicar uma massa no furo do cano, sem camisa.
Os músculos das largas costas chamavam sua atenção, mas não tanto quando as tatuagens. Uma série de desenhos montava um complexo mosaico. Do nada se imaginou percorrendo aqueles desenhos com os dedos. Talvez com a língua. Ao terminar de vedar o furo, Antônio se virou e viu Vanessa, ainda com a blusa molhada e semitransparente, lhe oferecendo uma toalha. Ele aceita, se esforçando para não olhar os peitos dela. Passou a toalha pelo braços e, ao perceber o olhar dela, passou a fazê-lo mais devagar. Secou lentamente o peito, o outro braço e o rosto para depois devolver a toalha.
— Você também precisa enxugar.
Pegando a toalha, Vanessa enxugou seus braços e, maliciosamente, passou a toalha por baixo da blusa. Fez movimentos com a mão envolta na toalha para enxugar cada seio. Com movimentos lentos, ela os alisou e apertou, na frente de Antônio. Nessa altura, ele não tinha mais nenhum constrangimento em olhar.
— Vira, você não enxugou as costas — provocou Vanessa.
— Molhei minhas costas?
Vanessa fez que sim, com um sorriso sapeca, convencendo-o a se virar. Com a toalha, Vanessa alisou suas costas, ignorando o fato de ter no máximo alguns pingos d’água. Mesmo assim, alisou todo o corpo de Antônio. Se aproveitou da situação, envolvendo sua cintura, como se o abraçasse por trás, colando seus peitos molhados nas costas.
— Você também não enxugou as costas. Deixa eu te ajudar.
O sorriso, já aberto de Vanessa, se alargou. Virou-se de costas para ele, empinando caprichosamente o quadril. As mãos grandes de Antônio, envolvidas pela toalha, e Vanessa sentiram sua blusa subir. Os seios aos poucos eram expostos, ainda que não visíveis por ele. As mãos, que esfregavam a toalha macia pelas costas de Vanessa, deslizaram em torno do seu corpo até envolverem os seios. Vanessa levantou os braços, autorizando a retirada da blusa. Com os seios nus, os teve envolvidos pelas mãos, agora nuas, de Antônio enquanto o corpo dele engolia o dela por trás. Vanessa ouvia a respiração pesada no seu ouvido. Empinou o quadril para se esfregar no corpo dele e virava o rosto para beijá-lo.
Levando as mãos para trás, Vanessa se esforçou para abrir a calça de Antônio. Ele, da mesma forma, abriu e tirou o short dela. A rola grossa de Antônio pressionou as nádegas da engenheira e Vanessa rebolava, buscando mais contato com o falo duro do pedreiro.
Vanessa era abraçada pelos fortes braços de Antônio. A boca explorava seu pescoço, buscando seus lábios várias vezes. De repente, ele desceu, distribuindo beijos pelas costas até chegar a bunda, onde os beijos se alternavam com mordidas. As nádegas eram abertas pelas mãos grandes e permitindo o delicioso carinho da língua.
— Ai, meu Deus, que língua é essa?
Vanessa gemia manhosa, com a língua de Antônio passando por suas pregas. Seu quadril inquieto balançava discretamente, fazendo seu cu deslizar mais por aquela língua. Antônio a chupava com as mãos grandes, apertando firmemente. Quando a língua entrou, Vanessa gritou.
— Antônio, por favor, come o meu cuzinho!
A própria Vanessa abriu as nádegas enquanto implorava por um pau no cu. Antônio empurrou a cabeça do pau lentamente, medindo a força necessária pelos gemidos dela. Ao sentir Vanessa mais ansiosa, parava de empurrar e alisava seu corpo, distribuindo beijos. Ao percebê-la acostumada com a rola, empurrava mais. Foi assim, pacientemente, que Antônio enfiou seu pau inteiro no cu de Vanessa.
Segurando-a pelos cabelos, Antônio a fodeu lentamente, levando uma eternidade para Vanessa sentir o pau ir e voltar inteiro.
— Sempre vi esse rabão na obra com vontade de me meter em você.
— Metendo gostoso assim, pode me comer quando quiser.
Envolvendo Vanessa com seus braços, Antônio levou dois dedos ao seu grelo e rebolou atrás dela, fazendo um vai e vem gostoso. Os gemidos de Vanessa subiram de tom, descontrolados, com a dança dos dedos de Antônio. Ele, ao perceber os gemidos dela cada vez mais intensos, acelera seu quadril. Quando Vanessa grita, desesperada, Antônio urra. Tremendo, apoiada na parede, recebe o abraço por trás. Os dois gozam juntos, abraçados.
Sem roupas secas, Antônio terminou o serviço nu, revestindo a parede com os azulejos novos. Vanessa, em uma solidariedade sapeca, ficou nua o tempo necessário para as roupas secarem e apresentar a Antônio todos os brinquedos escondidos em seu armário.

Revolução 16 — A dona

Em uma noite, Vanessa estava ansiosa. Andava de um lado a outro, olhando para o celular, inquieta. A expressão de tensão sumiu apenas quando um carro buzinou na frente da sua casa. Correu até o portão para abri-lo e deixar o veículo entrar. Ainda no quintal, recebeu Amanda discretamente, mas logo apertaram o passo para dentro de casa. Mal passaram pela porta de correr da sala e se agarraram. A troca de beijos era intensa enquanto um tirava a roupa da outra sem deixar seus lábios descolarem. Ao tirar o short de Vanessa, Amanda a virou contra a porta de vidro, e puxou sua última peça de roupa. Sem calcinha por baixo, tinha apenas o plug, enfiado em seu cu apenas como forma de provocação a sua amante. Ela mesma abriu a bunda e se empinou para facilitar o trabalho de Amanda, já ajoelhada atrás dela. Vanessa gemia, levando uma mão atrás para puxar a cabeça dela ainda mais dentro de si. Escorada na porta, usava outra mão para se masturbar enquanto chupada no cu. Gozou ali, dando a bunda para Amanda.
Os encontros entre as duas frequentemente eram assim. Vanessa nunca teve ninguém com tal fetiche e Amanda lhe proporcionava prazeres indescritíveis. A paixão entre as duas era tanta que mal passavam da sala, pois Vanessa era chupada logo na entrada. Uma vez, ela impediu Amanda de agarrá-la na entrada e a mandou esperar no sofá. Subiu e depois de alguns minutos, desceu, nua com apenas o plug com um rabinho plugado no cu. Amanda ficou louca e subiu as escadas correndo atrás de Vanessa para chupá-la.
— Vanessa, você é minha putinha igual é a da Agatha?
— Creio que não. Não temos relação e submissão entre nós. É tudo no carinho entre a gente.
— É tudo no seu cu, não é?
Vanessa gargalhou
— Nunca vi um homem tão tarado na minha bunda quanto você.
Amanda vira Vanessa de bruços e desliza a língua em usas pregas.
— Amo a tua bunda. Ela é deliciosa.
— Amo a sua língua no meu cu.
— Queria muito ver o pau do meu marido entrando aqui.
— Amanda, já conversamos sobre isso.
— Você tem medo, eu sei, mas sou eu que minto para estar aqui. É injusto comigo.
— Com você? Querida, cada pessoa a mais que sabe o que faço aumenta o risco de ficarem sabendo. Uma conhecida minha, a Janaína, foi demitida quando fofocaram sobre ela. O marido se separou. Ela deve estar sem trabalhar até hoje e eu não quero isso para mim.
— Você fala como se meu marido fosse contar para todo mundo, ele não é um canalha, está bom?
— Amanda, não sei se o seu marido é canalha. Eu não o conheço, não o desejo e você quer que eu transe com ele. Tem noção do que está me pedindo?
— Isso é uma fantasia minha.
— Sua, ou dele?
O tom das duas subiu durante a discussão. Vanessa sabia se manter dura quando necessário e os olhos de Amanda marejaram.
— Ele quer fazer comigo, mas quando tenta eu não consigo. Me machuca muito.
As lágrimas escorriam no rosto de Amanda e Vanessa sentiu pena. Vê-la com o marido não era um fetiche dela, mas sim um meio de satisfazer o marido. Agatha fazia o mesmo com Otávio e até mesmo Andréia envolveu Jeferson nos próprios fetiches com mulheres para se satisfazer. Eram mulheres presas em uma falsa liberdade. Apesar de seus medos, Vanessa ainda se sentia responsável por Amanda. Beijou seus lábios com afeto e a virou de bruços na cama.
— Que tal deixar eu comer o seu cuzinho?
— Tenho medo. Machuca.
— Tem algo que eu te faço que não seja carinho?
Vanessa alisava a bunda de Amanda, provocando um sorriso em seu rosto.
— Sim…
— Você sempre come o meu cu. Deixa eu comer o seu também. Cuido do seu cuzinho e deixo você acostumada a dar para ele.
Amanda mordeu os lábios, autorizando. Vanessa pegou um travesseiro e o pôs sob o quadril dela, deixando-a com a bunda empinada. Foi até a gaveta e pegou um plug e um lubrificante. Melou o dedo no produto viscoso e fez um desenho em torno das pregas. Com os primeiros gemidos de Amanda, ela deslizou o dedo para dentro. Beijava e mordiscava o bumbum enquanto empurrava o dedo com delicadeza.
— Ai, amor, que delícia! Empurra tudo!
— Já empurrei, sua boba.
Vanessa tirou o dedo inteiro e o empurrou de volta. Amanda gemia mais alto.
— Está gostando de dar o cuzinho?
— Estou Amando. Seu dedo é uma delícia.
Vanessa tirou o dedo e enfiou a língua, arrancando gemidos descontrolados de Amanda.
— Eu não sabia que era gostoso assim.
Vanessa pegou o plug o passou o lubrificante sobre ele e deu um beijinho carinhoso nas pregas antes de empurrá-lo. Com atenção aos gemidos de Amanda, soube quando empurrar ou quando parar, até o plug entrar totalmente.
— Vai lá no espelho, olhar o seu cuzinho.
Amanda se levantou, estranhando o objeto dentro de si e se empinou de costas para o espelho, olhando por cima do ombro e abrindo o bumbum com as mãos. Vanessa observava, mordendo os lábios.
— O que achou?
— Ficou lindo.
Amanda sorria, olhando a própria bunda com o plug enfiado. Vanessa a observava alisar o bumbum. Aquela cena aparecia algo a mais do que um pequeno gesto de amor-próprio, de alguém se admirando. Amanda admirava Vanessa e Agatha e pela primeira vez, era o centro da própria admiração. Foi até ela e a abraçou por trás. Lhe beijou o ombro, pescoço e seguiu até encontrar os lábios de Amanda.
— A partir de agora você vai ser a minha putinha e vai me obedecer.
— É? O que minha dona quer de mim?
— Toda a vez que vier aqui em casa, ficará o tempo todo com o plug no cu. Logo dará a bunda para o seu marido.
Os encontros seguintes foram assim. Antes mesmo de Amanda chupar Vanessa, ela recebia o plug, ainda na sala. O tempo em que as duas ficavam juntas seria todo com o plug enfiado. Não levou muito tempo e Vanessa deu a ela um plug de presente para usar quando quisesse. Também tinha seus próprios jogos para Amanda. Quando saiam juntas, sempre iam ao banheiro, onde se trancavam em uma cabine para Vanessa enfiar o brinquedo em Amanda. Com o tempo, Vanessa comia o cu de Amanda com seus vibradores.
Era parte do “treinamento”, como ela dizia. Amanda se acostumava com brinquedos cada vez maiores, deixando seu corpo apto para o sexo anal. Não tinham ais receios quando a sentir dor, mas ainda tinha medo de como oi marido reagiria se pedisse aquilo do nada. As intimidades entre elas eram um segredo para ele. Vanessa lhe deu algumas sugestões de como seduzi-lo.
Certa noite, Amanda chegou na casa de Vanessa eufórica. Deu-lhe um beijo ardente na boca assim que entraram na sala, mas ao contrário das outras vezes, não transou com ela de imediato. Levou-a para o sofá, pois tinha algo para contar.
— Preciso te contar uma coisa, Vanessa. Eu consegui!
— Que bom, Amanda! Me conta, como foi?
— Fiquei pensando nas coisas que me falou para seduzi-lo e tive minhas próprias ideias. Então, chegando em casa antes dele, tomei um banho gostoso e vesti uma camisola vermelha, bem curtinha. É a favorita dele. Nem vesti calcinha, só coloquei o plug.
— Que safada! Adorei.
— Peguei-o de surpresa, precisava ver a cara dele. Tirei seu paletó e o fiz sentar no sofá e montei em cima dele. O beijei, com as mãos dele, na minha bunda.
Amanda descrevia os atos ao mesmo tempo em que repetia as ações com Vanessa, montando em colo e a beijando na boca.
— Fez muito bem! Já estou excitada.
— Senti o pau dele duro na hora.
— Continua, me conta o resto.
— Então, eu peguei o telefone e mostrei uma foto sua para ele.
— Que foto?
Amanda pegou seu celular e mostrou uma foto de Vanessa, de quatro, usando o plug.
— Você falou de mim para ele?
— Não, só disse que achei a foto — Amanda respira mais fundo — e disse a ele seu nome.
— Meu nome? Amanda, não sei se isso é uma boa ideia…
— Relaxa. Não falei que te conhecia e a foto não tem seu rosto. Ele também não te conhece, não tem como ele saber que é você.
Alisando as coxas de Amanda sob seu vestido e olhando seu sorriso animado, Vanessa não conseguiu ficar contrariada por muito tempo.
— Está bom, continua.
— Sussurrei no ouvido dele: “Ela é gostosa, não é?”. Ele concordou, estava excitadíssimo. Comecei a rebolar no colo dele e perguntei o que ele achava do plug que você usava na foto. A mão dele apertava muito a minha bunda e disse dar a ele a vontade de comer o seu cu.
Vanessa mordia os lábios ao ouvir ser desejada.
— Aí falei que estava usando um igual e ele levou a mão até dentro da minha bunda e achou meu plug. Você tinha que ver a cara dele.
Vanessa abriu um sorriso sapeca, ao repetir o gesto descrito e perceber Amanda sem calcinha e com o plug no cu.
— Você não era safada assim.
— Fiquei assim após te conhecer.
As duas trocam beijos.
— Continua.
— Eu tinha medo dele perguntar o porquê de eu fazer aquilo, mas ele só me apertava mais forte e me beijava. Faz tempo que não o via tão fogoso. Ele pediu para eu mostrar, então fiquei de quatro para ele no sofá. Ficou um tempão alisando a minha bunda. Eu me sentia tão gostosa. Acho que nem quando era nova eu me sentia assim.
— Nem comigo você se sentia gostosa? — Vanessa fez uma careta, fingindo contrariedade.
— Estou falando do meu marido. Você me faz sentir deliciosa.
Vanessa beija Amanda na boca.
— Estou brincando, sua boba. Continua.
— Então, ele ficou passando a mão em mim e perguntei se ele queria tirar o plug. Pedi para ele tirar devagar e ele foi bem carinhoso. Depois beijou a minha bunda e chupou meu cu. Fiquei surpresa com aquilo.
— Agora você entende como me senti quando fez comigo pela primeira vez.
— Verdade — Amanda gargalhou.
— Ele te chupou gostoso?
— Muito! Fiquei um tempão gemendo na língua dele até pedir para ele comer o meu cu.
— Como você falou?
— Falei assim: “amor, sua língua está muito gostosa, mas eu quero sentir o seu pau no meu cuzinho”.
— E ele?
— Ficou louco — Amanda riu — abriu a calça desesperado e pôs aquele pauzão duro para fora. Pedi para ele me comer com carinho e ele foi super gentil. Enfiou a cabeça devagarinho e fazia pausas quando começava a doer. O pau dele era grande, viu? Levou uma eternidade para entrar tudo.
— Ele te comeu com carinho?
— Sim, meteu em mim devagarinho, fazendo carinho nas minhas costas. Tantos anos casados e senti como se ainda não tivesse me entregue a ele totalmente. Ele meteu gostoso no meu cu e eu fiquei me masturbando. Quando ele respirava mais rápido eu acelerava os dedos e quando sentir que ele ia gozar acelerei mais ainda para gozar junto dele. Foi uma sensação deliciosa senti-lo gozando dentro da minha bunda. Me arrependo de não ter dado antes.
Vanessa beija Amanda na boca mais uma vez.
— Sua boba. Não existe idade para isso, você fez no seu tempo. Tem muita vida pela frente para dar a bunda.
Amanda riu.
— Você fala isso porque já faz há muito tempo.
Vanessa parou de sorrir e começou a olhar para cima, pensativa.
— O que foi?
— Acabei de me dar conta que nunca fiz, acredita?
Amanda arregala os olhos.
— Não é possível! Como assim? Você vive comesses plugs e nunca deu o cu?
Vanessa gargalha.
— É sério! Só aceitava carinho com dedos ou a língua. Tinha medo igual a você, na verdade. Comprei os plugs justamente para ir me acostumando, mas não havia dado para ninguém ainda.
— E o marido da Agatha?
— O Otávio é muito gostoso, mas é muito bruto. Já quase pedi para ele comer o meu cu, mas na hora mudo de ideia. Ele me fode como um cavalo. Preciso de um cara mais carinhoso.
— Se quiser, tem o meu maridinho. Ele sabe comer um cuzinho.
Vanessa ri.
— Já falamos sobre isso, Amanda.
— Estou brincando! Agora que sei que só eu como o seu cuzinho, não dividirei com ninguém. Sou a dona do seu cuzinho.
— Amei. Você é a dona do meu cu.
— Isso! Agora vem comigo para o seu quarto, porque alguém precisa comer esse seu rabão!

Revolução 15 — Segredos perdidos

Com a primeira participação de Agatha, Vanessa não tinha mais amarras para se envolver com Otávio. Passou a frequentar o apartamento do casal, onde era devorada pelos dois. Assim, conheceu mais da intimidade deles. Otávio não era bruto com sua esposa, e o sexo entre os dois era sempre mais carinhoso. Agatha, apesar desse gosto carinhoso, tinha gosto de ver o marido se soltar em transas mais intensas.
O gosto de Agatha em ver seu marido fodendo com outra chegava ao ponto de pedir para filmar. Vanessa dava de quatro na cama do casal com a esposa filmando. Muitas vezes se masturbava com o celular na mão.
Agatha nutria um carinho especial por Vanessa, pois ela foi sua primeira experiência com outra mulher. Até então, Otávio contratava garotas de programa e Agatha apenas assistia. O orgasmo na boca da engenheira foi especial e ela queria o mesmo toda a vez. Além de ser fodida por Otávio, Vanessa chupava a boceta de Agatha todas às vezes. Com o fetiche do marido em levar as calcinhas dela, passou a presenteá-la com novas. Dava a amante as calcinhas que gostaria de vê-la vestindo.
Transando com o casal, diminuíram as ousadias nos pedidos de Otávio, mas ainda aconteciam. Eventualmente Vanessa dormia na casa do casal durante a semana e a visita à obra no dia seguinte era acompanhada de Otávio, com a roupa da noite anterior. Sempre com vestidos bem curtos. Fazia a visita normalmente, procurando ignorar os olhares indiscretos dos trabalhadores. Normalmente isso seria constrangedor, mas sendo uma vontade de Otávio, aquilo a excitava, principalmente por estar sem calcinha.
Vanessa ganhou Agatha como sua assinante. A amante se comportava como uma fã, comentando suas fotos. No início, havia um receio por Agatha também saber de suas fotos na internet, mas preferia não criar segredos entre os dois. Se acostumou e com o tempo passou a gostar da frequência de comentários elogiosos às suas fotos.
Uma, em particular, parecia atrair mais a atenção dela. A imagem de Vanessa nua, de quatro, era bem comum naquele site, mas aquela imagem fez Agatha escrever vários comentários por um detalhe: um plug anal. Agatha estava fascinada com o uso do brinquedo e, com tantos comentários, Vanessa se ofereceu para usar para ela.
Vanessa não entendia por que Agatha escolheu um dia em que o marido estava viajando, mas adorou o jogo proposto por ela — se ele não está aqui, então venha sem calcinha. — disse Agatha. Escolheu, então, um vestido preto bem curto, nenhuma calcinha e, claro, o plug.
Foi recebida por Agatha usando um vestido curto roxo, com um decote generoso. O cumprimento com dois beijinhos na porta foi apenas para manter as aparências. Com a porta fechada, Agatha a agarrou e a beijou lascivamente. Vanessa correspondeu ao beijo apertando o corpo inteiro de sua amante e subiu o seu vestido, mas foi interrompida.
— Amor, vamos com calma. Vem comigo para o meu quarto.
Vanessa, que já havia chupado Agatha tantas vezes atrás da porta, estranhou o pedido, mas pensou haver alguma surpresa. Se Otávio gostava de brincar com sua ansiedade, a esposa parecia ter os mesmos hábitos. Foram juntas de mãos dadas, caminhando pelo extenso apartamento e o coração de Vanessa acelerava. A excitação inicial, porém, tornou-se uma preocupação quando Agatha explicou o motivo de irem ao seu quarto.
— Quero te apresentar alguém.
Discrição nunca foi um tema de conversas entre eles. Sendo um casal, com os dois cúmplices em suas aventuras sexuais, era imaginado eles manterem tudo em segredo. Vanessa se via prestes a ser apresentada a uma terceira pessoa e se perguntava se seria uma amante do casal. Talvez uma das garotas de programa contratadas por eles, ou, quem sabe, um amante secreto de Agatha. Seja quem fosse, despertava em Vanessa a excitação pelo que viria, mas também o medo de estar se expondo a cada vez mais pessoas. Tendo se preparado para um encontro apenas com Agatha e, mesmo com a excitação brotando entre suas pernas, começava a ter aquela velha sensação de perder o controle.
O grande quarto de casal já era conhecido por ela. Sobre a grande cama, uma mulher se sentava, olhando para o celular. Os cabelos pretos, ondulados, volumosos, pareciam cobrir até o meio das cotas. O rosto tinha suas marcas da idade, mas não perdia a beleza por isso. O vestido cinza deixava as grossas pernas cruzadas expostas. Distraída ao celular, Amanda só percebeu a chegada das duas quando chamada. Exibiu um sorriso largo no rosto ao cumprimentar Vanessa. Tinha uma voz suave e um jeito carinhoso em falar com sua nova amiga. Seus elogios deixaram Vanessa enrubescida. As três se sentaram na cama, com Vanessa ficando entre as duas.
— Quando Agatha me falou de você, fiquei louca para e conhecer. É mais linda do que ela me falava.
— Agatha anda falando o que de mim?
— Ahh, ela me falou que você é linda, que é charmosa e que eu ia adorar te conhecer.
Vanessa não conseguia disfarçar o sorriso.
— Também me falou dos programas que você faz com ela e o Otávio.
Mesmo na voz aveludada de Amanda, a palavra “programa” não soou bem. Seu sorriso logo se desmanchou.
— Amanda! Ela não é garota de programa. Ela é engenheira civil, está fazendo a obra da nossa casa.
— Desculpa, acho que confundi as coisas. Mesmo assim, é ela que está saindo com vocês, não é?
— Sim, mas não contratamos ela para isso. Ela gosta de sair com a gente, só isso.
Enquanto as duas discutiam, Vanessa tentava processar a ideia de ser confundida com uma garota de programa. Sentia seus piores medos se concretizando e das fofocas dos antigos vizinhos sobre ela e o ex-marido. Amanda não demonstrava nenhuma maldade quando falava, tratando com normalidade aquela ideia e isso deixaria Vanessa ainda mais incomodada. Sua perplexidade abriu brecha para as duas discutirem sobre ela sem ela falar nada, deixando-a ainda mais constrangida. Precisava tomar o controle da situação, e decidiu tomar a palavra.
— Amanda — Vanessa respira fundo — não sou prostituta. Gosto de sexo, mas não vendo isso por dinheiro. Transo com homem, com mulher, com casal, com quem me der tesão, entende? Não é possível que uma mulher seja entendida como puta porque quer trepar.
O tom firme de Vanessa assustou até mesmo Agatha, ainda não acostumada com seu lado mais contundente. Amanda, envergonhada, a abraçou.
— Me perdoa, meu amor. Eu não queria te ofender, juro! É que a Agatha às vezes me fala de quando contratavam uma garota para ficar com eles e pensei que fosse o mesmo caso. Agatha me disse que você era especial e não entendi que fora também por isso.
Os vários beijos no rosto, o abraço apertado e o pedido de desculpas sincero naquela voz aveludada acalmaram Vanessa.
— Tudo bem, me desculpa se exagerei. É que sinto não poder fazer nada nessa cidade. Qualquer pisão fora da linha e sou taxada de puta.
— Sim, eu concordo com você. Os homens podem e nós não.
— Exatamente.
— Por isso pedi para te conhecer. Acho lindo o relacionamento da Agatha com o Otávio e a cumplicidade deles. Queria viver algo assim com o meu marido, mas sou muito tímida. Agatha me falou para conversar com você, disse que você era um exemplo.
— Exemplo?
— Sim, você é linda, sexy, independente. Realiza seus desejos quando e onde quer. Quando a Agatha me fala de você, me parece ser tão mais viva do que eu. Queria ser assim.
Ouvir Amanda fazia Vanessa lembrar de si mesma quando se separou. De fato, naquela época sentia não ter mais vida pela frente, mas depois se descobriu mais viva do que nunca. Pela primeira vez se deu conta de não ser a única mulher naquela cidade aprisionada de certa forma. Pensando melhor, não apenas ela, como Andréia, Daniela, Gisele, Mara, Agatha e agora Amanda, vivem agonias semelhantes. Todas queriam ser um pouco mais livres do que seriam. Até então, nunca havia se visto como um exemplo.
Decidiu então contar sua história. Relatou como foi a separação, a tristeza pelas fofocas dos vizinhos e como se sentia acabada pelo divórcio. Detalhou os momentos em que se reconstruiu, de como se sentia diferente se exibindo na Varanda, os custos disso e até alguns de seus envolvimentos. Fez questão de deixar alguns casos como o de Wanderley e os policiais de fora e não contou sobre sua venda de conteúdo na internet. Mal sabia ela não ter mais segredos a guardar sobre isso.
Amanda pegou seu celular e mostrou para Vanessa, entusiasmada.
— Agatha me contou, mas não acreditei. É você mesma?
Na tela do celular, estava a página onde Vanessa vendia suas fotos eróticas. A foto dela, de quatro com o plug anal, era a foto em evidência. O rosto de Vanessa queimou na hora, antes de olhar indignada para Agatha.
— Amiga, eu precisava mostrar para ela. Pode ficar tranquila, a gente está entre amigas.
— Isso, Vanessa. Pode deixar que não conto para ninguém. Eu queria muito tirar fotos assim para o meu marido, mas tenho muita vergonha.
Sentindo a agonia misturada a doçura na voz de Amanda, Vanessa não conseguia ficar indignada por muito tempo.
— Eu também tinha no início, mas uma fotógrafa me ajudou. Se quiser eu te dou os contatos dela. Ela sabe deixar você à vontade nos ensaios.
— Eu quero! Deixarei meu maridinho louco. Será que ele gostará se eu tirar foto com outra mulher?
— Pode ter certeza de que eles adoram, sem exceção. — disse Agatha.
— Mas tenha em mente que o ensaio precisa ser para você mesma primeiro. Você quer tirar essas fotos com outra mulher? Já sabe com quem será?
— Tenho curiosidade. Quero fazer com uma moça que fez programa com a Agatha e o Otávio.
— Quer mesmo contratar alguém? Não tem ninguém para fazer isso com você?
— Eu não sou a Agatha, não tenho a minha “Vanessa”.
Vanessa gargalhou.
— Deve ter uma “Vanessa” bem perto de você. Não é a única mulher querendo se soltar.
— Será que ela vai ser como você?
— Como eu?
O tom de voz de Vanessa fez Amanda temer ofendê-la mais uma vez.
— Assim… como você é…
— Submissa — completou Agatha.
— Caramba, Agatha, você contou tudo mesmo.
Agatha riu.
— Ela é minha melhor amiga, conto tudo para ela.
Percebendo a expressão mais leve de Vanessa, Amanda deu vazão a sua curiosidade.
— Você é mesmo submissa aos dois?
Vanessa riu, sem graça pela pergunta direta. Respirou fundo antes de responder.
— Assim, eu não sou “submissa”. Assumo esse papel dependendo de quem estiver comigo. Já fui mais dominadora também, mas descobri que goto de uma pegada mais bruta e de receber ordens. Isso me excita muito. O Otávio, marido dela, tem uma pegada que me deixa louca. Me sinto tão excitada que acabo fazendo as coisas que ele quer e só percebo a loucura do que me pede depois.
— Ele já a comeu na estrada da zona rural. No meio da pista.
A revelação de Agatha faz Vanessa rir, ainda que sem graça.
— Você é assim com a Agatha também?
— Até que não.
Agatha dá um selinho carinhoso em Vanessa.
— Eu não gosto dessa pegada dele, então comigo ele é sempre carinhoso. Por outro lado, gosto de ver ele sendo selvagem como é. Ele acaba dominando nós duas.
— Então, você só é putinha do Otávio.
Vanessa olha para Amanda com uma expressão de estranhamento.
— Ai, desculpa, não quis te ofender de novo.
O riso solto de Vanessa denuncia a brincadeira.
— Eu estava brincando, amor. — Vanessa respira fundo — sim, eu sou a putinha do Otávio. Não é que eu seja prostituta por isso, mas é um papel que assumo com ele, porque isso me excita, entende? Esses papéis que assumimos cria um jogo gostoso cheio de regras que criamos. Por exemplo, eu posso tirar minha roupa inteira, mas só o Otávio tira a minha calcinha. Quando ele me comeu na estrada, ele primeiro me fez tirar a roupa e chupar o pau dele enquanto dirigia. Na primeira vez com a Agatha, ele me pediu para ficar bem gostosa para ele, mas não sabia que a esposa estaria junta. Se fosse combinado, não ia ser tão gostoso.
Amanda ouvia os relatos de Vanessa espremendo as coxas entre si. Ouvir aquela mulher falando livremente de sua vida sexual a excitava a ponto de não conseguir controlar. O formigamento entre as pernas a deixava inquieta, alisando as pernas e mordendo os lábios a cada detalhe picante relatado por aquela mulher. Amanda queria ouvir mais.
— Então, Agatha, ela é só putinha do Otávio?
A conversa sem nenhuma inibição deixava Vanessa solta. Já não tinha vergonha de assumir sua submissão a Otávio para Amanda e, após a pergunta dela, olhava maliciosa para Agatha.
— Otávio não deixa, aquele safado. Quer tudo para ele. Por isso aproveitei a viagem dele e a chamei aqui hoje.
— Como assim? Você não me chamou aqui para me apresentar à sua amiga? — disse Vanessa, fingindo indignação.
— Sim, a Amanda queria te conhecer e como Otávio viajou aproveitei para te dar umas ordens. — Respondeu Agatha, com uma expressão sapeca no rosto.
— Que delícia, que ordens você deu para ela? — perguntou Amanda, curiosa.
— Já que a calcinha dela é do Otávio, mandei ela vir sem.
Amanda arregalou os olhos, olhando para Vanessa.
— Sim, ela é minha dona igual ao Otávio. Obedeci e vim sem calcinha.
Vanessa se divertia ao impressionar Amanda. Quando mais falava de sua vida e sua sexualidade, percebia aquela mulher admirada com ela. Não era sempre que poderia falar sobre sua vida livremente sem se sentir julgada. Ao olhar as expressões maravilhadas daquela mulher, se sentia fazendo um serviço para ela, como se lhe apresentasse um mundo novo. Gostava da ideia de fazer a diferença na vida de outra mulher aprisionada com sua própria história. Ao se assumir puta daquele casal, Vanessa se soltava de vez, e quando isso acontecia, ela perdia o controle da situação.
— Gente, eu estou toda melada com essa conversa — Assumiu Amanda, arrancando risos das duas. — É só isso que você mandou ela fazer?
— Sim. — Agatha responde pegando o celular de Amanda e abrindo aquela foto. — mandei ela vir usando isso aqui.
Ao ver a foto de Vanessa de quatro, com o plug anal, Amanda arregalou os olhos ais uma fez, fechando a boca com as mãos. Vanessa apenas sorria.
— Mentira! Você está usando mesmo?
— Sim. Ela mandou, eu uso.
— Não machuca de usar?
— Nada! É estranho no início, mas logo você se acostuma.
— Não se sente incomodada e nem nada?
— Eu só me sinto ainda mais puta.
Vanessa olhava Amanda nos olhos para provocá-la. Gostava de ver aquela mulher madura boquiaberta com sua ousadia. Se sentia poderosa, inspiradora, imaginando se capaz de transformar ela em outra mulher com apenas aquela conversa. Ninguém, porém, provoca sem ficar impune.
— Posso ver?
Vanessa fez uma careta, se dando conta de ter provocado demais.
— Quer ver o plug?
— Sim, nunca vi um de perto. Estou curiosa.
Respirando fundo, Vanessa se levantou.
— Tudo bem, vou ao banheiro tirar e trago para você ver.
Agatha, porém, segurou sua mão.
— Você não vai tirar o plug. Vai mostrá-lo para a gente aqui.
— Agatha!
— Você é minha putinha, não vai me obedecer?
Enquanto respirava fundo, o rosto de Vanessa enrubesceu. Fazendo o jogo de sua dona, ela lentamente subiu na cama e engatinhou até chegar ao centro dela. De joelhos, subiu o vestido até a cintura, expondo o quadril nu para em seguida se pôr de quatro, exibindo a boceta e o cu, com um plug enterrado.
— Que lindo! — exclamou Amanda, impressionada com o portado de joia na parte externa do plug.
— Ela é gostosa, não é?
— Muito, o corpo dela é lindo.
— Dá uma pegadinha só para você sentir.
— Eu posso? — Perguntou Amanda a Vanessa.
— Você pode sim. — disse Agatha se antecipando à resposta para em seguida dar um tapa na bunda de Vanessa. — diz para ela que pode fazer o que quiser.
— A exibição, o tapa e o jogo autoritário e Agatha provocavam em Vanessa um sorriso sapeca e incontrolável. Totalmente entregue àquele jogo, fez a vontade de sua dona.
— Pode fazer o que você quiser com a minha bunda, Amanda. É toda sua.
A mão de Amanda foi a primeira a tocar a sua carne. Afobada, ela a apertava o tempo todo. Agatha a tocou em seguida, alisando sua bunda e coxa carinhosamente. Era tocada e apertada pelas duas mulheres.
— Olha, ela está melada.
— Ela é assim, não aguenta ficar um minuto de quatro sem melar a boceta.
Vanessa gargalha.
— Sei que ela é sua amiga, mas não precisa contar esses detalhes todos, né?
Amanda e Agatha riram.
— Ela é minha amiga, estou explicando como o meu brinquedinho funciona.
Agatha alisa a boceta de Vanessa, arrepiando-a. Amanda beija e mordisca o bumbum farto e passa os dedos pelo plug.
— Posso tirar?
— Você pode tudo. Só tira devagar.
A mão de Amanda segurou a base do plug com firmeza, mas o puxou delicadamente, arrancando o plug e um gemido de Vanessa. Com o brinquedo retirado, ficou o vazio e as pregas dilatadas.
— Minha putinha está arregaçada.
Vanessa estava de quatro na cama, com o vestido suspenso até a cintura e o quadril totalmente exposto. Sem calcinha e agora sem plug, tinha seu cu, dilatado e exibido para aquelas duas mulheres. Amanda, até então inexperiente com mulheres, sentia desejos até então inéditos.
— Está me dando uma vontade.
Com o toque da língua de Amanda, Vanessa se arrepiou inteira. Empinou o quadril, gemendo manhosa enquanto aquela mulher inesperadamente lhe chupava o cu. Enfiava o rosto entre suas nádegas para deslizar a língua em suas pregas. Agatha olhava incrédula para aa atitude repentina de sua amiga e aos pouco se excitava com os gemidos de Vanessa. Sua amante rebolava no rosto da amiga. Engatinhou até Vanessa e lhe beijou na boca.
— Está gostoso?
— Sim, a língua dela é uma delícia, está entrando tudo no meu cu!
Ao ver sua amante se derreter naquele beijo grego, Agatha quis participar. Apertou a bunda de Vanessa, a abrindo-a e levou outra mão a boceta dela. Deslizou os dedos por entre os lábios melados, os invadindo aos poucos até explorá-la totalmente. Penetrou-a lentamente, ensopando os dedos totalmente. Vanessa sentia a língua de Amanda entrando saindo do seu cu e os dedos de Agatha na boceta, a palma da mão de sua dona pressionava-lhe o grelo enquanto os dedos iam e voltavam. Apertando os lençóis com força, Vanessa gozou, urrando. Abaixou a cabeça nos lençóis e os mordeu, gemendo, tentando controlar os espasmo do seu corpo.
Agatha e Amanda lhe tiraram o vestido totalmente e a cobriram de beijos. Vanessa estava acabada pelo forte orgasmo e tinha sua boca dividida entre as duas. Logo Agatha e Amanda se beijaram. Na cama, Vanessa assistiu as duas tirarem suas roupas e se esfregarem deliciosamente.
— Faz comigo também. Chupa o meu cuzinho.
Se pondo de quatro, Agatha ofereceu o cu para ser chupado por Amanda. Gemeu e rebolou no rosto da amiga, se masturbando. Vanessa viu sua amiga gozar na boca de Amanda, como ela acabara de fazer.
Enquanto Agatha se recuperava, Vanessa se arrastou entre os lençóis até entrar embaixo de Amanda. Passou a língua entre os lábios da boceta, arrepiando aquela mulher. Amanda rebolou sobre a boca e a língua de Vanessa até Agatha a forçar a se debruçar. Sentiu a língua de Agatha em seu cu enquanto Vanessa lhe chupava a boceta. Amanda não resistiu muito tempo, gozando na boca das duas mulheres.
As três dormiram juntas naquela noite. Vanessa recebeu novas formas de prazer com Amanda.

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